Volitan: Brasil pode ter primeiro barco voador operando na Amazônia

Uma inovação tecnológica promete agitar o transporte na Amazônia: o Volitan, o primeiro barco voador do Brasil, está em fase final de desenvolvimento e poderá começar a operar em breve.

Criado pela startup AeroRiver em parceria com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o veículo une tecnologia e sustentabilidade para oferecer deslocamentos rápidos sobre os rios da região.

Transporte rápido e sustentável

O Volitan possui 18 metros de comprimento e utiliza o efeito solo para voar a uma altura de cinco a dez metros acima da água.

Ele pode atingir velocidades de até 150 km/h e percorrer aproximadamente 450 km sem necessidade de reabastecimento. Além disso, o modelo híbrido movido a diesel tem um impacto ambiental reduzido, emitindo menos carbono do que embarcações convencionais ou aviões de pequeno porte.

A capacidade de carga do Volitan também chama atenção: ele pode transportar até dez passageiros ou uma tonelada de suprimentos, facilitando o deslocamento de moradores ribeirinhos e a entrega de produtos essenciais, como alimentos e medicamentos.

O avanço é relevante diante dos desafios logísticos da Amazônia, onde a construção de estradas é cara e ambientalmente prejudicial.

Com capacidade para transportar até 10 passageiros ou uma tonelada de carga, o Volitan pode reduzir em até sete horas o tempo de viagem pelos rios amazônicos

A regulamentação e o mercado

No Brasil, o barco voador é classificado como uma embarcação, já que opera em baixa altitude e sua estrutura foi projetada para flutuar.

Atualmente, ele passa por testes técnicos, e a AeroRiver planeja realizar a primeira viagem oficial do protótipo ainda em 2025. A comercialização do modelo deve começar no ano seguinte, após a certificação pelas autoridades reguladoras.

Reprodução/AeroRiver

O projeto do Volitan segue a tendência global de desenvolvimento de veículos voadores, como os carros elétricos aéreos.

Recentemente, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) concedeu autorização para que brasileiros possam pilotar drones tripulados, um passo adiante para a popularização dessa tecnologia.

Além do mais, grandes empresas, como a Embraer, vêm investindo em projetos inovadores de mobilidade aérea urbana, como os eVTOLs, aeronaves elétricas de decolagem vertical.

O futuro do transporte na Amazônia

O Volitan é de fato um grande avanço para a mobilidade em regiões de difícil acesso. Durante os períodos de seca, quando os rios amazônicos ficam mais rasos e dificultam a navegação de embarcações tradicionais, o barco voador pode ser uma alternativa eficiente para manter o transporte ativo.

A tendência de veículos voadores vem ganhando força no mundo todo, com empresas desenvolvendo soluções inovadoras, como o carro voador elétrico austríaco equipado com um sistema de propulsão diferenciado. Até mesmo gigantes como a Toyota estão avançando nesse setor, com testes bem-sucedidos no Japão.

Se tudo correr conforme o cronograma, a chegada do Volitan ao mercado em 2026 pode marcar uma revolução na logística da Amazônia, trazendo mais agilidade, sustentabilidade e acessibilidade para a região.

Fonte: BNC Amazonas

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