Encerrado: júri decide por unanimidade que “Servant” não plagiou filme

Pouco mais de cinco anos após o início de uma batalha judicial envolvendo a série “Servant”, um tribunal federal dos Estados Unidos decidiu, por unanimidade, que o autor da produção M. Night Shyamalan é inocente em relação às acusações de violação de direitos autorais, de acordo com a Variety.

O processo tinha como base o filme independente “The Truth About Emanuel”, de 2013. A diretora do longa, a italiana Francesca Gregorini, alegava que Shyamalan havia copiado elementos narrativos de sua produção sem dar os devidos créditos, pedindo uma indenização de até US$81 milhões por danos.

O filme apresenta uma mãe delirante e uma babá que criam uma boneca como se ela fosse uma criança de verdade. A autora viu semelhanças desse enredo com o de “Servant”, que apresenta uma babá sendo contratada por um casal para ajudar a criar um boneco em substituição ao seu filho falecido.

No julgamento, Gregorini afirmou ter ficado “chocada” já quando assistiu ao trailer de “Servant”, e que logo acreditou que sua ideia havia sido roubada. Mesmo aconselhada a não entrar com um processo, ela decidiu tomar uma posição contra o que ela chamou de um tipo de “roubo prevalente na indústria”.

O que disse a defesa

Shyamalan, por sua vez, alegou que ele e os outros criadores da série nunca tinham ouvido falar sobre o filme antes do processo. Afirmando que tudo não passou de um completo “mal entendido”, ele disse que nunca teria permitido uma violação do gênero — que seria o oposto do que ele faz e tenta representar.

Ele também questionou cenas apontadas como provas do plágio (como uma personagem desmaiada), alegando que se tratam de representações comuns e nada originais. Os dois projetos, inclusive, são bastante diferentes: um é um thriller sobrenatural, o outro um drama sobre amadurecimento.

Segundo o site, o julgamento ainda contou com uma exibição completa do filme e dos três primeiros episódios de “Servant” — o que provavelmente foi essencial para que os jurados formassem suas posições favoráveis a Shyamalan e colocassem um ponto final no caso de meia década.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.