Android 16 e 17 terão apps otimizados para celulares dobráveis

A próxima geração do Android, começando pelo Android 16 e se consolidando no Android 17, promete revolucionar a experiência em celulares dobráveis e tablets ao priorizar a otimização de aplicativos para telas maiores. Essas versões visam acabar com os problemas de escala que afetam muitos apps em dispositivos com telas expansíveis.

Desde o lançamento do Android 12L, o Google vem trabalhando em melhorias para dispositivos com telas grandes, como tablets e celulares dobráveis. A empresa tem incentivado desenvolvedores a adaptarem seus aplicativos para aproveitar ao máximo o potencial desses formatos, e o Android 16 e 17 são passos decisivos nesse processo.

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O que muda com o Android 16 e dobráveis

O Android 16, programado para ser lançado no segundo trimestre de 2025, introduzirá novas diretrizes para facilitar a otimização de aplicativos. Uma das mudanças mais significativas será a remoção de restrições que permitem aos desenvolvedores travar seus apps em uma orientação específica, como apenas retrato ou paisagem. Essa abordagem visa incentivar aplicativos a se ajustarem automaticamente a diferentes tamanhos e proporções de tela.

Com o Android 16, o Google também está investindo em ferramentas que ajudem os desenvolvedores a testar seus aplicativos em diferentes formatos de tela. O uso do Espresso testing framework e das APIs do Jetpack Compose permitirá simular cenários em telas dobráveis, garantindo que os aplicativos funcionem bem em modos como multitarefa em tela dividida e janelas flutuantes.

Android 17 forçará otimizações mais avançadas

O Android 17, previsto para 2026, levará as mudanças introduzidas no Android 16 a outro nível. Nessa versão, o Google planeja eliminar completamente a possibilidade de desenvolvedores restringirem seus aplicativos a uma orientação ou proporção de tela específica. Aplicativos que não forem otimizados serão automaticamente esticados para preencher a tela inteira em dispositivos dobráveis e tablets.

Embora essa solução seja funcional, o Google reconhece que o resultado estético pode ser comprometido. Por isso, a empresa aposta que os desenvolvedores se sentirão pressionados a criar experiências visuais e funcionais melhores para evitar que seus apps pareçam mal projetados em dispositivos dobráveis.

O impacto para usuários e desenvolvedores

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Dispositivos como os da linha Galaxy Fold e Flip, além de tablets com o modo DeX da Samsung, devem se beneficiar diretamente dessas mudanças. O modo DeX, que força aplicativos a iniciarem em janelas, é especialmente sensível à falta de otimização. Com o Android 17, os apps não apenas terão melhor aparência, mas também funcionarão de forma mais fluida em diferentes cenários, como multitarefa ou orientações alternadas.

O exemplo do FlipaClip, um app de animação que viu um crescimento de 54% na base de usuários de tablets após ser otimizado, ilustra como a adaptação para telas grandes pode trazer benefícios comerciais significativos para os desenvolvedores.

Ferramentas para ajudar os desenvolvedores

Para apoiar essa transição, o Google publicou diretrizes detalhadas de design para dispositivos com telas maiores. Além disso, ferramentas como o Espresso testing framework e as APIs do Jetpack Compose foram aprimoradas para ajudar os desenvolvedores a identificar e corrigir problemas de compatibilidade.

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Fonte: sammobile