Peixe mais caro do mundo pode desaparecer devido ao aquecimento global

O atum-rabilho, famoso por seu uso em sushis e sashimis, é reconhecido como o peixe mais caro do mercado global de pescados.

Sua popularidade e a consequente alta demanda o transformaram em um item de luxo, especialmente em países como o Japão. No entanto, este peixe enfrenta desafios ambientais críticos.

No início de 2010, o atum-rabilho quase desapareceu dos oceanos devido à pesca excessiva, agravada pela grande procura. A redução acentuada da população colocou a espécie em uma situação alarmante.

Esse cenário começou a mudar com a implementação de medidas contra a pesca ilegal, que auxiliaram na recuperação dos peixes.

Em 2019, um recorde histórico destacou a valorização do atum-rabilho. Kiyoshi Kimura, magnata do sushi, desembolsou impressionantes US$ 3,1 milhões (cerca de R$ 19 milhões na cotação atual) por um exemplar de 278 kg.

Enquanto a transação chamou a atenção, o foco na preservação da espécie intensificou-se.

Atum-rabilho em seu habitat natural – Imagem: Animalia Bio/reprodução

Ameaças das mudanças climáticas

Apesar dos esforços para recuperar suas populações, o atum-rabilho agora enfrenta um novo inimigo: as mudanças climáticas.

O aquecimento global tem impactado negativamente o metabolismo, a reprodução e os padrões migratórios dessa espécie de peixe.

O aumento das temperaturas oceânicas está alterando os ambientes de desova e caça, fundamentais para a manutenção desse tipo de atum.

Impactos nos padrões migratórios

Esta espécie, que pode viver até 40 anos e alcançar 3 metros de comprimento, realiza longas migrações ao longo da vida.

Contudo, as mudanças climáticas estão alterando esses padrões migratórios. Se a adaptação não ocorrer, as consequências podem ser devastadoras para a sobrevivência do atum-rabilho.

Medidas de preservação

A adaptação do atum-rabilho aos novos cenários impostos pelo aquecimento global é crucial para sua sobrevivência.

As alterações em seus habitats naturais impõem desafios adicionais, destacando a necessidade de ações de conservação mais eficazes. A atenção redobrada é essencial para garantir que esta espécie não só sobreviva, mas também prospere nos anos vindouros.

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