Trump confirma que irá adiar proibição do TikTok

Em um movimento surpreendente, o presidente eleito Donald Trump anunciou que vai suspender a proibição do TikTok nos Estados Unidos através de um decreto, propondo que a ByteDance, atual proprietária chinesa do aplicativo, divida o controle da plataforma com acionistas americanos.

A decisão vem após o TikTok ter sido forçado a interromper suas operações nos Estados Unidos neste domingo, afetando mais de 170 milhões de usuários americanos, em conformidade com uma lei aprovada pelo Congresso em 2024.

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Proposta de Trump e novo prazo para TikTok

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Gostaria que os Estados Unidos tivessem a propriedade de 50% de uma empresa conjunta“, declarou Trump em sua rede social Truth Social, sinalizando uma possível solução para o impasse que se arrasta desde 2020, quando começaram as primeiras tensões entre o governo americano e empresas de tecnologia chinesas.

O decreto presidencial, previsto para ser emitido nesta segunda-feira, estenderá o prazo da proibição, abrindo caminho para negociações. A proposta de Trump envolve a criação de uma joint venture entre os atuais proprietários do TikTok e possíveis novos investidores americanos.

Trump disse que sua “ideia inicial” é estabelecer uma parceria entre os proprietários atuais do TikTok “e/ou novos proprietários”, garantindo que os Estados Unidos obtenham metade da propriedade da empresa conjunta.

Bloqueio e impacto imediato

O TikTok desconectou o acesso de seus usuários nos Estados Unidos na noite de sábado, antes mesmo do prazo final. “Uma lei que proíbe o TikTok nos Estados Unidos foi aplicada. Isso significa que você não pode mais usar o TikTok neste momento“, alertava a mensagem exibida aos usuários americanos.

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A Apple e o Google já removeram o aplicativo de suas lojas nos EUA, seguindo as determinações da legislação. A direção americana do TikTok havia apelado a Biden por mais prazo, mas o atual presidente decidiu deixar o assunto para Trump, que assume na segunda-feira.

A ByteDance, até o momento, tem resistido à ideia de vender sua participação na operação americana. No entanto, Trump foi enfático ao afirmar que “sem a aprovação dos EUA, não há TikTok”, acrescentando que, com o aval americano, a empresa poderia valer “centenas de bilhões de dólares — talvez trilhões”.

A lei que exige a venda da operação americana do TikTok foi sancionada pelo presidente Joe Biden e recentemente confirmada pela Suprema Corte, que considerou legítimas as preocupações do governo com a segurança nacional devido à propriedade chinesa da plataforma.

A legislação aprovada em 2024 previa um prazo de nove meses para a ByteDance vender o TikTok, com possibilidade de prorrogação por mais 90 dias. A nacionalidade da empresa tem gerado preocupações entre autoridades americanas sobre o possível acesso do governo chinês a dados de cidadãos americanos.

Possíveis compradores

Entre os possíveis compradores, destacam-se Elon Musk, proprietário da plataforma X, segundo fontes citadas pela Bloomberg. Musk, que mantém proximidade com Trump, pode desempenhar um papel relevante no novo governo.

Outro potencial comprador é o Project Liberty, grupo liderado pelo empresário Frank McCourt, que confirmou ter apresentado uma proposta à ByteDance. McCourt revelou à CNN que os banqueiros da ByteDance aguardavam a decisão da Suprema Corte antes de iniciar negociações mais concretas.

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Os ativos do TikTok nos EUA, sem considerar seu valioso algoritmo, estão avaliados entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões. O grupo de McCourt não divulgou o valor exato de sua oferta, mas sugeriu anteriormente uma avaliação próxima a US$ 20 bilhões.

Impactos da Venda e Alternativas

Se a venda for concretizada, os usuários americanos poderão enfrentar mudanças significativas na plataforma. Especialistas indicam que a China provavelmente proibirá a venda do algoritmo, forçando o novo proprietário a reconstruir o feed “Para Você” e possivelmente exigindo que usuários fora dos EUA baixem um novo aplicativo.

Diante do bloqueio, usuários americanos já começaram a buscar alternativas, como o RedNote, um aplicativo chinês similar ao TikTok, mas com recursos adicionais, incluindo álbuns de fotos e texto. A plataforma, focada em conteúdo de estilo de vida, está disponível apenas em chinês (tradicional e simplificado) e inglês.

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Fonte: NY Times

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