TikTok pode suspender operações nos EUA no domingo (19)

Fontes da agência Reuters familiarizadas com o assunto revelaram que o TikTok planeja suspender voluntariamente suas operações nos EUA neste domingo (19), antecipando-se à legislação federal que exige a venda de seus ativos no país.

A medida, se confirmada, iria além das exigências da lei sancionada pelo presidente Joe Biden, que determinava apenas a proibição de novos downloads do aplicativo nas lojas virtuais da Apple e Google, permitindo que usuários existentes continuassem utilizando a plataforma.

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Planos para usuários do TikTok nos EUA

De acordo com as fontes, que solicitaram anonimato por não estarem autorizadas a falar publicamente sobre o assunto, os usuários americanos que tentarem acessar o aplicativo serão redirecionados para um site informativo sobre a proibição. A plataforma também planeja disponibilizar uma ferramenta para que seus 170 milhões de usuários nos EUA possam fazer o download de seus dados pessoais.

Estrutura corporativa e desafios

O possível encerramento das operações ocorre em um momento crítico para a ByteDance, controladora chinesa do TikTok, que enfrenta crescente pressão política. A empresa, que emprega mais de 7.000 funcionários nos Estados Unidos, tem sua propriedade dividida entre investidores institucionais (60%), fundadores e funcionários (20% cada).

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O impacto da medida pode ser significativo: estimativas da própria empresa indicam que um terço dos usuários americanos abandonaria a plataforma caso a proibição durasse um mês. A ByteDance e o TikTok argumentam que a lei viola a Primeira Emenda da Constituição americana, que protege a liberdade de expressão.

Cenário político

A Suprema Corte americana demonstrou inclinação para manter a legislação, apesar dos apelos do presidente eleito Donald Trump por uma extensão do prazo. Trump, que toma posse um dia após a entrada em vigor da lei, manifestou interesse em buscar uma “resolução política” para a questão.

Procurados pela Reuters, o TikTok e a ByteDance não responderam aos pedidos de comentário sobre os supostos planos de interrupção dos serviços. A informação foi inicialmente divulgada pelo site The Information e posteriormente confirmada por fontes à agência Reuters.

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