Crítica | Universo DC começa com mais um acerto de James Gunn

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Lançada na virada de 2024 para 2025, a série Comando das Criaturas se tornou a primeira produção original do novo Universo DC chefiado por James Gunn. Com um novo episódio lançado a cada semana, a série tomou as redes sociais com sua animação divertida, cheia de violência e personagens carismáticos.

Aqueles que acompanharam nossas primeiras impressões devem lembrar de situamos a série como um “mais do mesmo bem executado“. Agora, ao fim da série, podemos observar melhor o desenvolvimento desses personagens e afirmar que a produção é realmente isso aí. Apesar de ter dois episódios muito acima da média, a animação se mostrou uma aposta de segurança de James Gunn, que não fugiu daquilo que ele sabe fazer de melhor e o consagrou neste mundo de adaptações de histórias em quadrinhos.

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A série dá continuação aos eventos de O Esquadrão Suicida (2021), também dirigido por James Gunn, e mostra Amanda Waller precisando reformular seu time de anti-heróis descartáveis, após suas ações caírem em rede pública, causando um veto potente do governo dos Estados Unidos. Segundo esta proibição, Waller não pode mais utilizar seres humanos para missões suicidas secretas. No entanto, ela procura uma brecha no veto e forma um time composto exclusivamente por criaturas.

Ou seja, se humanos estão proibidos de embarcarem nessas aventuras forçadas, ela vai atrás de vilões que não se enquadram na definição de humanos. Assim, pela forma um time composto por monstros, criaturas, máquinas e experimentos em seres humanos que deram errado, todos liderados Pelo pai de Rick Flag, que entra nessa história como supervisor da galera.

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Inicialmente, quando foi anunciada, a série parecia queria contar histórias de missões variadas. No entanto, Gunn decidiu focar em uma missão apenas durante toda esta primeira temporada. Ambientada em um país fictício repleto de petróleo, a sério acompanha as manipulações de uma Amazona que quer matar a futura rainha deste país. Só que a princesa dá sinais de querer abrir a monarquia para uma parceria que permitiria a exploração de recursos naturais da nação pelos Estados Unidos, o que faz dela alvo de proteção do país. Assim, Waller encaminha seu time de monstros para defender a princesa nesta terra distante.

A opção por contar a trama de uma missão apenas acabou sendo um acerto, já que a história foi contada por meio do desenvolvimento do passado destes vilões enviados na missão suicida. Cada capítulo focou na missão deles no presente, enquanto mesclo a origem de cada um por meio de flashbacks. E o mais legal é que cada personagem teve seu tempo para brilhar, tanto no presente quanto no passado, criando assim mais uma história inspirada em quadrinhos que transborda o que muitos chamam de “coração”.

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Ao longo dos episódios, vemos esses personagens de ganharem histórias próprias e uma perspectiva que mostra que nem todos são exclusivamente vilões. Na verdade, descobrimos até mesmo que dois deles sequer são vilões, são apenas criaturas incompreendidas e prejudicadas pelo preconceito. Dentre esses episódios, destacam-se aqueles focados na história do Robô Recruta e do Doninha, curiosamente ou não, ambos interpretados pelo irmão de James Gunn, Sean Gunn.

Esses dois episódios em especial transbordam surpresas e uma sensibilidade impressionante, fazendo deles realmente acima da média. Ainda assim, é curioso reparar como não há episódio ruim, eles mantêm muito bem o nível lá em cima. O episódio focado na Noiva também é espetacular.

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No fim das contas, por mais que não seja uma empreitada ousada, a execução é tão perfeita que se torna impossível não se aperfeiçoar por esses personagens praticamente obscuros do Universo DC. Além disso, a construção musical da série é incrível. Desde a chiclete música de abertura, até as canções originais que permeiam os capítulos, é tudo perfeitamente colocado para impactar ainda mais a aventura, ação e as insanidades desses personagens colocados ali contra sua vontade.

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É uma forma divertida de começar este novo universo da DC nos cinemas e streamings. E como os episódios são curtinhos, fica bem fácil e leve de acompanhar a série, que em momento algum se torna cansativa. Mais um acerto para a conta de James Gunn.

Os episódios de Comando das Criaturas estão disponíveis no Max.

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