Setores financeiro e elétrico dominaram ranking de dividendos de 2024, aponta levantamento

As empresas do setor financeiro se destacaram como as maiores pagadoras de dividendos em 2024, de acordo com um levantamento realizado pela consultoria Elos Ayta. A lista inclui nomes como Bradesco (BBDC3 e BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú Unibanco (ITUB3 e ITUB4).

Junto a essas instituições, o setor elétrico também mostrou força e estabilidade, com ativos como Eletrobras (ELET6) e Engie Brasil (EGIE3) entre os destaques.

Para 2025, o cenário continua promissor, com oito ações projetando um Dividend Yield (DY) superior a 10%.

A Log Commercial Properties (LOGG3) lidera a lista, com DY projetado de 13,41%, seguida pela Copasa (CSMG3), com 13,27%, e pela Odontoprev (ODPV3), ambas acima de 13%. Esses números refletem o desempenho de empresas focadas em resultados operacionais consistentes e distribuições atrativas.

Segundo Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta:

“O destaque da LOGG3 reflete sua robustez operacional: a empresa, focada em propriedades logísticas e comerciais, apresentou crescimento de 26,97% no lucro nos primeiros nove meses de 2024, apesar da queda de 11,38% no preço de suas ações no ano. Essa desvalorização elevou o potencial do DY projetado, um reflexo direto do cálculo que usa o preço do papel no último pregão de 2024 como denominador.”

A declaração foi publicada pelo site IstoÉ Dinheiro.

Empresas e critérios do levantamento

Estudo aponta ações com bom potencial de distribuição de dividendos para o ano de 2025. (Créditos: ELOS AYTA/Isto é Dinheiro/Reprodução)

O estudo considerou empresas que registraram lucro em 2023 e nos primeiros nove meses de 2024, com resultados acumulados que representaram pelo menos 75% do lucro total de 2023. Empresas de baixa liquidez ou com volume médio diário inferior a R$ 5 milhões foram excluídas da análise, garantindo um foco em ativos de maior estabilidade.

De acordo com o levantamento, o impacto das quedas expressivas no preço das ações em 2024 influenciou diretamente o cálculo do DY. Com 19 das 28 ações analisadas apresentando desvalorização no ano, a base mais baixa favoreceu o retorno potencial para os investidores, desde que o nível de distribuição de proventos seja mantido.

Gigantes como Petrobras ficaram de fora do ranking devido a resultados mais baixos em 2024, alcançando apenas 56,9% do lucro total de 2023 nos primeiros nove meses do ano. Rivero explicou que “caso contrário, suas ações PETR3 e PETR4 poderiam liderar o ranking, com DYs projetados acima de 20%”.

Dividendos: oportunidade ou armadilha?

Imagem mostra os maiores dividendos em 2024 das ações do Ibovespa. (Créditos: ELOS AYTA/Isto é Dinheiro/Reprodução)

Apesar dos resultados atrativos, Rivero alerta que o levantamento não deve ser interpretado como recomendação de investimentos. Ele ressalta:

“Para que o DY projetado se confirme, todas as condições mencionadas precisam ser atendidas, e fatores externos, como mudanças na economia ou na política de distribuição, podem alterar significativamente os resultados.”

O levantamento também evidencia como o Dividend Yield pode ser um atrativo para investidores, mas exige cautela.

Com empresas do setor elétrico e financeiro liderando, a análise sugere oportunidades interessantes, mas reforça a necessidade de avaliações detalhadas antes de investir.

*Com informações de Isto é Dinheiro.

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