Terceira Guerra Mundial? Europa intensifica forças militares e acende alerta

Nos últimos meses, sinais de alerta sobre um possível conflito armado de grande escala reacenderam debates entre líderes europeus. A escalada do confronto na Ucrânia e ameaças por parte do governo russo, incluindo a flexibilização de protocolos nucleares, intensificaram as preocupações sobre a segurança do continente.

Além disso, movimentos estratégicos de países ocidentais, como o envio de armamentos avançados para a Ucrânia, alimentaram tensões com Moscou.

O presidente russo, Vladimir Putin, chegou a declarar que considera legítimo o uso de armas contra nações envolvidas nesse apoio, elevando o temor de que a situação evolua para um confronto direto envolvendo grandes potências.

Europa se prepara para uma possível Terceira Guerra Mundial

Especialistas acreditam que uma possível Terceira Guerra Mundial poderia marcar o fim da civilização como conhecemos. (Foto: roibu/Getty Images)

Países europeus têm tomado medidas concretas para lidar com o risco de um conflito global. Na Alemanha, autoridades começaram a mapear estações subterrâneas, garagens e prédios que possam ser usados como abrigos emergenciais. O governo estuda também criar aplicativos para orientar a população sobre locais de segurança.

Na Espanha, a procura por bunkers triplicou nos últimos meses, segundo relatos de empresas especializadas.

Em entrevista à BBC, Guillermo Ortega, proprietário de uma dessas companhias, afirmou que os pedidos agora vêm de vários países, incluindo França e até mesmo da América Latina, como a Colômbia. A crescente demanda reflete o medo de uma potencial escalada para uma guerra em escala global.

Enquanto isso, na Suécia e na Finlândia, manuais de preparação foram distribuídos à população, com instruções sobre como agir em caso de ataques. Essas iniciativas mostram como a percepção de ameaça está moldando as ações governamentais e individuais na região.

Analistas destacam consequências de uma escalada

Também à BBC, Richard Caplan, professor da Universidade de Oxford, comentou:

“É difícil avaliar ou medir a seriedade do risco [de uma guerra na Europa], mas acho que é um risco bastante plausível na situação atual.”

Ele observou que as preocupações derivam principalmente do temor de que a Rússia repita suas ações na Ucrânia em outros países vizinhos, particularmente nos Estados Bálticos.

Caplan ainda explicou: “Isso seria muito sério porque muitos desses países são Estados-membros da OTAN”. Ele destacou que a ideia de que um ataque a um dos membros da aliança representa um ataque aos demais se aplicaria nesse caso.

Por outro lado, o professor alertou que as medidas de preparação, embora justificáveis, podem ter um efeito oposto ao desejado.

“Não me surpreende que alguns indivíduos vejam isso [os preparativos] como uma forma de aliviar suas ansiedades. Os governos também tomam medidas de mitigação de riscos para tranquilizar o público — o que pode às vezes ter um efeito contrário”, disse.

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