Haddad: o governo está trabalhando para conter os preços dos alimentos 

O governo federal está trabalhando para garantir a acomodação dos preços dos alimentos, foi o que afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Segundo ele, o resultado pode demorar, mas o Ministério da Agricultura e Pecuária está atuando nesse sentido. 

A inflação alta dos alimentos está refletindo as questões sazonais, problemas climáticos e a “escorregada” do dólar, disse Haddad durante entrevista à “Globonews” nesta terça-feira (7). Porém, o IGP-DI de dezembro indica um possível movimento de redução dos preços dos alimentos.

Na percepção do ministro, a economia será um fator importante nas eleições de 2026, mas ele disse que também é preciso prestar atenção a outras variáveis, como o extremismo político. 

“A economia sempre vai fazer a diferença em qualquer eleição, é muito importante que ela seja bem cuidada”, comentou Haddad. Ainda nessa linha, o chefe da equipe econômica defendeu que o Estado brasileiro “tem que encontrar o equilíbrio”. 

Haddad citou na entrevista um estudo divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Fazenda em parceria com o FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), indicando que o resultado fiscal estrutural do setor público consolidado melhorou no ano passado, em relação a 2022, o último ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Fim das compensações tributárias com a ‘tese do século’ melhorará o lado fiscal, disse Haddad

Além disso, o ministro também reforçou que o resultado fiscal sentirá uma melhora com o fim das compensações tributárias referentes à “tese do século”. Segundo ele, o governo está contendo gastos de maneira adequada, “sem prejudicar o trabalhador de baixa renda, mantendo direitos da Constituição”.

“Se o plano traçado pela Fazenda chegar ao fim como planejamos, chegaremos com a economia muito mais arrumada do que herdamos”, disse Haddad, afirmando que entregar a economia “muito melhor” é a “missão” dele na Fazenda, segundo o “Valor”.

No entanto, mesmo nesse cenário, ele disse que “questões ideológicas estão fazendo a diferença” mundialmente em termos eleitorais, com o crescimento por exemplo da “comunicação disruptiva”.

“Tivemos hoje o anúncio de uma importante organização de comunicação mundial, dizendo que vai retirar os seus filtros de fake news”, acrescentou Haddad. Em sua visão, isso abre espaço para “calúnia e difamação” e “preocupa” o governo federal.

“A economia estará bem [em 2026], mas precisamos cuidar da nossa democracia […] O Brasil está bem posicionado no contexto das nações para enfrentar esses desafios”, finalizou o chefe da Fazenda.

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