CVM atualiza regra que simplifica investimentos de estrangeiros no Brasil

Foto: Canva

Um ofício publicado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta quinta-feira (2) trouxe atualizações sobre a resolução anunciada em dezembro que pretende simplificar aplicações de investidores estrangeiros nos mercados financeiro e de valores mobiliários.

A resolução atribuiu uma nova dinâmica para obtenção de cadastro e CPF por investidores não residentes dispensados de registro ou autorização da CVM para operar.

O Ofício-Circular nº 1/2025/CVM/SIN, divulgado pela Superintendência de Supervisão de Investidores Institucionais (SIN) da CVM, detalhou que a validade das mudanças anunciadas se aplica também aos investidores estrangeiros quando participam de uma conta coletiva e não apenas em conta individual, de acordo com o “Valor”.

O documento fictício do tipo código CVM para os estrangeiros dispensados da obtenção de registro será gerado pela B3, conforme informado pela autarquia na resolução de dezembro. Esse processo ocorrerá após o desenvolvimento de uma nova funcionalidade.

No novo ofício recente, a CVM acrescentou que o investidor não residente em conta coletiva também poderá usar o código operacional fictício para operar. Isso enquanto a sistemática operacional determinada no ofício-circular nº 9, de 2023, seguir vigente.

O investidor pode estar vinculado a uma conta fictícia de código 000000, e que conterá a denominação “Conta coletiva para simples cadastro de INR [investidor não residente] pessoa física”.

Por fim, a CVM também informou que o workshop conjunto com a B3, com o objetivo de apresentar a nova dinâmica de obtenção de cadastro, foi adiado para o mês de fevereiro. Antes estava previsto para janeiro.

CVM: maioria dos investidores aponta linguagem difícil do mercado

Uma pesquisa da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) mostrou que 58% dos investidores brasileiros acreditam que o mercado usa uma linguagem difícil para os que estão começando a investir. O estudo, realizado em 2023, entrevistou 714 investidores pessoas físicas, em sua maioria com renda familiar superior a R$ 15 mil.

Outro dado mostrado é de que 87% dos entrevistados dizem que vão seguir investindo; 75% acham que o mercado tem produtos que se encaixam em seu perfil; e 66% investem em corretoras e bancos ao mesmo tempo, enquanto 23% investem somente em corretoras e 10% apenas em bancos.

Na escolha por uma corretora ou banco, 60% consideram a qualidade dos serviços; 52% avaliam os custos e incentivos; 49% observam se trata-se de uma instituição tradicional; 14% mencionam a aparência ou qualidade do site; 11% levam em conta a recomendação de pessoas próximas; e 8% olham comentários na internet.

Ainda, 6% veem ações de marketing e 3% observam se a instituição é nova.

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