Citi acredita que essa ação pode valorizar 40%; veja qual

Foto: Freepik / Ações

A São Martinho (SMTO3) continua sendo um papel com boa avaliação do Citi, apesar de a companhia ter encerrado a safra 2024/25 de cana-de-açúcar sem alcançar os números previstos em seu guidance. O banco manteve a recomendação de compra para as ações SMTO3 com preço-alvo de R$ 33, o que representa potencial de valorização de 39,9% em relação à cotação de R$ 23,59 no fechamento da sessão da última sexta-feira (27).

Um dos destaques citados pelo Citi destaca foram os “preços saudáveis para o açúcar” e uma possível melhora nos preços do etanol. As chuvas no final de 2024 podem melhorar as condições agrícolas na próxima temporada, aponta o relatório.

Comparado do ano anterior a São Martinho não alcançou sua meta operacional para a safra. Um dos fatores principais que contribuíram para o desempenho foi a seca e os incêndios que afetaram a Região Centro-Sul.

Além disso, as chuvas entre outubro e dezembro de 2024, que reduziram os dias de moagem, e o volume de cana “bisada”, que foi contingenciado para a próxima safra 2025/26, também influenciaram os resultados, segundo o “E-Investidor”.

Na sexta-feira, a companhia informou que processou 21,79 milhões de toneladas de cana, volume 1,7% inferior ao guidance divulgado em novembro. Já o nível médio de açúcar total recuperável (ATR) foi de 142,6 kg/t, queda de 1,8% frente ao guidance. 

Em outra linha, superando a projeção inicial de 0,7%, a produção de açúcar atingiu 1,329 milhão de toneladas. Já a produção de etanol somou 1,009 bilhão de metros cúbicos, ficando 3,9% abaixo do estimado. Além disso, 45% da cana foi destinada para açúcar e 55% para etanol, uma melhora em relação à estimativa inicial de 44% e 56%.

Política do BC está perdendo efeito, diz Citi

O radar do mercado financeiro tem captado com mais frequência o risco da economia brasileira entrar em dominância fiscal. Na avaliação do economista-chefe do Citi, Leonardo Porto, o Brasil ainda não chegou nesse nível, porém os esforços do BC (Banco Central) para segurar a inflação estão se tornando ineficazes.

A principal razão que ancora essa estimativa foi a piora nas expectativas após o governo federal apresentar o pacote fiscal, que veio junto com o anúncio da reforma do IR (Imposto de Renda), no fim de novembro.

Entrar em dominância fiscal quer dizer que a política monetária do BC (Banco Central) para controlar a inflação começa a perder eficácia e ser dominada pela política fiscal. Dessa forma, a alta dos juros já começa a ser ineficiente para reduzir a variação de preços.

O economista-chefe do Citi afastou o cenário de dominância fiscal e ressaltou as expectativas dos analistas, medida pelo Boletim Focus, de que a alta dos juros vai trazer o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para próximo da meta nos próximos anos.

“Quando não tem choques acontecendo, como no câmbio, isso sugere que a gente não está em dominância fiscal”, disse Porto, de acordo com a “CNN Brasil”.

No entanto, o executivo do banco norte-americano ponderou que a força da elevação da Selic (taxa básica de juros) para segurar a inflação está perdendo tração.

“O canal de transmissão da política monetária através do canal de expectativas está operando com ‘menos óleo no maquinário’, está menos fluído”, afirmou Porto.

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