Pulseiras de smartwatches têm produtos químicos que podem ser nocivos para a saúde

Um estudo conduzido pela Universidade de Notre Dame revelou que as pulseiras de smartwatches contêm níveis elevados de químicos prejudiciais à saúde, conhecidos como “químicos eternos” devido à sua estrutura molecular praticamente indestrutível.

A pesquisa analisou 22 pulseiras de diferentes marcas e faixas de preço, incluindo Apple, Samsung, Google, Fitbit e CASETiFY. Nove das amostras apresentaram altas concentrações de ácido perfluoro-hexanoico (PFHxA), uma substância do grupo PFAS (substâncias per e polifluoroalquílicas).

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NÍVEIS ALARMANTES DE QUÍMICOS EM PULSEIRAS

Graham Peaslee, coautor do estudo e professor emérito do Departamento de Física e Astronomia, destaca que foram encontradas concentrações superiores a 1.000 partes por bilhão de PFHxA, um nível significativamente maior do que o habitualmente observado em produtos de consumo.

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A descoberta é especialmente preocupante porque estes produtos mantêm contato prolongado com a pele dos usuários. “Nunca vimos concentrações extraíveis na faixa de partes por milhão para qualquer produto de consumo vestível aplicado à pele“, alertou Peaslee.

Fitbit Ace LTE
CRÉDITOS: Fitbit

MARCAS E MATERIAIS

Os pesquisadores notaram que as pulseiras mais caras geralmente apresentavam níveis mais elevados dessas substâncias, principalmente aquelas feitas com fluoroelastômeros, um material comum em pulseiras premium.

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Embora grandes marcas como Apple, Samsung e Google tenham sido mencionadas no estudo, os resultados específicos para cada fabricante não foram divulgados. A Apple, por exemplo, utiliza fluoroelastômero em suas pulseiras Nike, Sport Band e Ocean Band do Apple Watch Ultra.

POSICIONAMENTO DAS EMPRESAS

A empresa de Cupertino informou que está comprometida em eliminar totalmente os PFAS de seus produtos e processos de fabricação desde 2022. Em seu documento de Especificação de Substâncias Reguladas, a Apple estabelece limites rigorosos para a presença do PFHxA.

AVALIAÇÃO DOS ESPECIALISTAS

Especialistas em toxicologia e dermatologia, no entanto, afirmam que é improvável uma absorção significativa de PFHxA através da pele durante o uso diário dos dispositivos. Jamie Alan, professora associada de farmacologia da Universidade Estadual de Michigan, explica que o estudo não fornece informações sobre a taxa de absorção cutânea.

Alan ressalta que não há necessidade de pânico entre os usuários de smartwatches, mas recomenda atenção à exposição cumulativa a esses químicos. “Embora tenham encontrado níveis muito altos, isso não significa que uma quantidade significativa esteja entrando em nosso sistema”, explicou.

RECOMENDAÇÕES

Para consumidores preocupados, a principal autora do estudo, Alyssa Wicks, sugere optar por pulseiras de silicone mais econômicas ou evitar produtos que contenham fluoroelastômeros em sua composição. Ela também destaca a necessidade de mais estudos sobre a absorção de PFAS através da pele.

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Fonte: techradar

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