Ibovespa abre em alta com desaceleração da inflação; dólar sobe

Ibovespa
Foto: CanvaPro/Ibovespa

Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta sexta-feira (27) em alta, com investidores reagindo aos dados do IPCA-15, conhecido como “prévia da inflação”. O emprego no Brasil também é destaque, com o mercado analisando a Pnad Contínua e os dados do Caged.

Por volta das 10h21 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma alta de 0,17%aos 121.281 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial também subia, 0,14%, cotado a R$ 6,1857.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA-15 subiu 0,34% em dezembro em relação a novembro. Isto mostra uma desaceleração se comparado ao mês anterior, quando o indicador cresceu 0,62%. O percentual deste mês ficou abaixo do previsto por consultores ouvidos pelo “Valor Data”.

Enquanto isso, a Pnad Contínua, também divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (27), mostrou uma taxa de desocupação no país de 6,1% no trimestre de setembro a novembro. Esta é a menor taxa da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, e representa uma baixa de 0,1% em relação à registrada no trimestre móvel anterior.

Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que foram publicados nesta sexta-feira (27), também movem o Ibovespa. Em novembro, o país criou 106,6 mil empregos com carteira assinada, o que representa uma queda em relação a outubro, com 132,1 mil postos gerados.

Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa

O IPCA-15 ficou 0,1 ponto percentual abaixo da mediana das expectativas do mercado divulgadas em pesquisa do “Valor Data”, de 0,44%. As previsões ficavam em um intervalo entre alta de 0,36% e 0,57%. Dos nove produtos e serviços pesquisados pelo índice do IBGE, cinco aumentaram de preço neste mês.

A taxa de desocupação também influencia o Ibovespa. Ela bateu um novo recorde de baixa no último trimestre. Até agora, o percentual de 6,2% do período entre agosto e outubro havia sido o menor já registrado. Se por um lado a queda do desemprego é boa para a população, por outro ela causa uma maior preocupação do BC.

Por sua vez, o saldo de empregos mostrado pelo Caged corresponde às 1.978.371 admissões em novembro contra 1.871.746 demissões. Das vagas criadas, 74,6% são consideradas típicas e 25,4% não típicas. Um dos destaques do mês são os 22.368 novos contratos temporários, já esperados para o fim de ano.

EUA

Os índices futuros dos EUA operam em queda nesta manhã, mas ainda devem encerrar a semana em alta, em mais um dia de liquidez reduzida e calendário vazio de dados importantes.

Os principais índices dos EUA apresentam ganhos semanais até o momento, após uma sequência de altas expressivas no início da semana.

O S&P 500 sobe 1,8% nesta semana, o Dow Jones avança 1,1%, e o Nasdaq Composite, impulsionado pelo crescimento das ações de grandes empresas de tecnologia, registra um aumento de 2,3%.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,28%

S&P 500 Futuro: -0,36%

Nasdaq Futuro: -0,41%

Bolsas asiáticas

Os mercados da região Ásia-Pacífico encerraram a sessão majoritariamente em alta, com alguns retornando das festividades do Boxing Day, enquanto os investidores analisavam os dados econômicos divulgados na região.

Em Tóquio, as ações subiram após o iene atingir uma mínima de cinco meses, caindo para 158 por dólar na véspera, após declarações do governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, na quarta-feira, que não indicaram uma mudança clara nas taxas de juros para o próximo mês.

Na sexta-feira, a moeda japonesa se recuperou um pouco, após o Ministro das Finanças, Katsunobu Kato, afirmar que o governo tomará ações adequadas contra movimentos excessivos no mercado cambial.

Dados publicados também mostraram que a inflação em Tóquio acelerou pelo segundo mês consecutivo, enquanto as vendas no varejo superaram as expectativas.

Na China, os lucros industriais caíram pelo quarto mês seguido, com uma queda de 7,3% em novembro na comparação anual, o que sugere que as medidas de estímulo adotadas por Pequim ainda não foram suficientes para reverter de maneira significativa a queda nos lucros das empresas.

Shanghai SE (China), +0,06%

Nikkei (Japão): +1,80%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,04%

Kospi (Coreia do Sul): -1,02%

ASX 200 (Austrália): +0,50%

Bolsas europeias

Nas bolsas Europeias, os mercados avançaram ao retomar as operações após o feriado de Natal. Em termos de dados econômicos, espera-se que Espanha e Noruega publiquem seus números de vendas no varejo de novembro nesta sexta-feira.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,10%

DAX (Alemanha): +0,22%

CAC 40 (França): +0,44%

FTSE MIB (Itália): +0,48%

STOXX 600: +0,25%

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