Dívida Pública Federal total atinge R$ 7,204 tri em novembro

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O Relatório Mensal da Dívida do Tesouro Nacional, divulgado nesta quinta-feira (26), mostrou que a DPF (Dívida Pública Federal) finalizou o mês de novembro em R$ 7,204 trilhões. O número representa alta de 1,85%, sempre em relação ao mês anterior.

Quando são levados em conta os números do PAF (Plano Anual de Financiamento), a Dívida Pública Federal encerrou o mês passado dentro dos limites, que variam entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões no ano.

Enquanto isso, a DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal Interna) fechou novembro em R$ 6,863 trilhões, alta de 1,71%. Por sua vez, a Dívida Federal Externa somou R$ 340,76 bilhões (US$ 56,29 bilhões), alta de 4,78%, segundo o “Valor”.

O Relatório do Tesouro apontou ainda que as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 83,28 bilhões, ao passo que os resgates somaram R$ 26,90 bilhões. 

Essa diferença resultou em uma emissão líquida de R$ 56,38 bilhões, sendo R$ 56,88 bilhões referentes à emissão líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal interna – DPMFi e R$ 0,50 bilhão, ao resgate líquido da Dívida Pública Federal externa – DPFe.

O prazo médio da Dívida ficou em 4,12 anos, contra 4,16 anos. Além disso, com base na metodologia “Average Term to Maturity”, que permite melhor comparação do Brasil com outros países, a vida média da DPF passou de 5,53 anos para 5,47 anos.

Dívida pública deve ultrapassar 100% do PIB em 2030, estima IFI

As contas públicas do Brasil estão à caminho de acumular uma dívida correspondente a 100% do PIB (Produto Interno Bruto) a partir de 2030, conforme estimativa da IFI (Instituição Fiscal Independente) do Senado.

O RAF (Relatório de Acompanhamento Fiscal) de dezembro, divulgado pelo Instituto nesta quinta-feira (19), prevê um rombo de 102,3% na dívida pública ao final de 2030, crescendo a 116,3% até 2034.

Para chegar à estabilização desse crescimento, a IFI avaliou que seriam necessários superávits fiscais de 2,4% ao ano. Do contrário, a dívida bruta do governo central deve atingir 86,3% ao final do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ultrapassando 90% já em 2027.

Esses números vão além das estimativas apontadas pelos agentes econômicos no Sistema Expectativas de Mercado, compilado pelo BC (Banco Central). A aposta do mercado, de acordo com a “CNN”, é  em uma dívida de pouco menos de 85% ao final de Lula 3, e de 88,9% até 2030.

O ano de 2024 teve “contradições, com a alternância de notícias positivas e negativas, em relação aos cenários iniciais projetados”, destacou o documento do IFI.

“Encerramos 2024, com indicações claras de deterioração das expectativas dos investidores em relação à solidez fiscal, à sustentabilidade da dívida e à consistência da política macroeconômica”, avaliou Marcus Pestana, diretor-executivo da IFI.

Na linha de soluções para a questão, esperava-se que o governo federal apresentasse um pacote de contenção de gastos que garantisse a estabilidade do arcabouço fiscal – a regra de gastos proposta pelo Executivo em 2023 – e da dívida bruta.

No entanto, as medidas anunciadas no final de novembro, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), não foram do agrado do mercado financeiro, cujas avaliações são de que as medidas do pacote fiscal são superestimadas e insuficientes para estabilizar o crescimento do déficit.

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