Dólar com cotação errada: Google diz que ‘investiga situação’, enquanto ferramenta segue fora do ar

Em relação aos problemas na exibição da cotação do dólar, o Google declarou que “segue investigando os problemas”.

+ BC vende oferta integral de US$ 3 bilhões em leilão à vista

Na quarta-feira, 25, a cotação do dólar no Google foi exibida com o valor errado, a R$ 6,38 – representando oscilações. Contudo, o mercado não estava operando na data. Além disso, a última cotação da moeda foi de R$ 6,185, na segunda-feira, 23.

O Google então retirou a ferramenta que exibe o câmbio da plataforma.

Questionada pelo site IstoÉ Dinheiro, a companhia não deu previsão para o reestabelecimento da ferramenta, e afirmou que os dados são de provedores globais terceirizados.

“Os dados em tempo real exibidos na busca vêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros. Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações”, diz a nota da empresa.

Em sua página de Exonerações de Responsabilidade, a companhia faz a listagem de dados financeiros indicando que as informações de câmbio têm como fonte a MorningStar, uma plataforma estrangeira de dados econômicos.

O IstoÉ Dinheiro entrou em contato com a MorningStar para uma explicação sobre o problema. A plataforma informou, por sua vez, que utiliza dados de “contribuidores terceiros”, sem especificar qual ou quais, e que o problema estava resolvido.

“A Morningstar gera seus dados de câmbio com base em envios de taxas de terceiros contribuidores conhecidos. Em 25 de dezembro, dados ruins e errôneos de um desses contribuidores fizeram com que os dados de câmbio do Brasil se desviassem temporariamente do mercado. Uma vez identificado, a Morningstar conseguiu resolver o problema em um dia. A Morningstar está comprometida com a qualidade e a precisão de seus dados, e estamos trabalhando para evitar ocorrências semelhantes no futuro por meio de medidas elevadas de garantia de qualidade”, disse a companhia, em nota.

Reincidência

Essa não é a primeira vez que o buscador informa uma cotação errada do dólar. Ainda em novembro, logo após a eleição de Donald Trump, o Google chegou a mostrar um câmbio acima de R$ 6 – cotação incorreta para época. O dólar, na ocasião, operava na casa dos R$ 5,80.

Logo em seguida, a companhia admitiu o erro e disse que ‘recursos da Busca como o ‘câmbio de moeda’ são baseados em dados de terceiros e, em caso de imprecisões, nós removemos as informações da Busca e trabalhamos com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível’.

AGU pode acionar Google após site exibir cotação errada de dólar

A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou um ofício ao Banco Central do Brasil com pedido de informações sobre a cotação do dólar no feriado de Natal.

O órgão pretende reunir subsídios para eventual atuação relacionada à possível informação incorreta.

“A atuação da Advocacia-Geral da União tem como objetivo combater a desinformação de dados econômicos de grande relevância para a sociedade brasileira”, destaca o advogado-geral da União, Jorge Messias.

“Recentemente, informações de fontes desconhecidas sobre a cotação real do dólar foram novamente veiculadas na plataforma Google. O câmbio Ptax é a cotação oficial no Brasil, não definido nesta quarta-feira pelo Banco Central devido ao feriado”, complementa.

O post Dólar com cotação errada: Google diz que ‘investiga situação’, enquanto ferramenta segue fora do ar apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.