Perse: lista de benefícios fiscais inclui influencers e até clubes de futebol

O Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), estabelecido em 2021, surgiu para trazer alívio às empresas impactadas pela pandemia. Apesar disso, sua aplicação recente provocou reações adversas, especialmente entre empresários que questionam a destinação dos recursos.

A recente divulgação da lista de beneficiários pela Receita Federal causou alvoroço. Nomes de peso, como Virginia Fonseca, Felipe Neto e empresas como o iFood, figuram entre os que receberam incentivos significativos.

O Perse já concedeu R$ 9,7 bilhões em 2024 para aliviar a carga fiscal de empresas de eventos. No entanto, a presença de grandes nomes na lista de beneficiários gerou questionamentos sobre o verdadeiro propósito do programa e se ele vem atendendo aqueles que realmente necessitam de apoio.

Internautas expressaram indignação ao saber que influenciadores e grandes corporações também foram contemplados com os benefícios fiscais.

Perse beneficiou amplamente influenciadores

A lista de beneficiários do programa inclui empresas de influenciadores conhecidos. Virginia Fonseca, por exemplo, recebeu R$ 4,5 milhões em vantagens fiscais.

Por sua vez, Gusttavo Lima, Felipe Neto e Ana Castela também estão entre os 100 mais beneficiados, gerando polêmica sobre a justiça na concessão dos incentivos.

Além dos influenciadores, empresas de grande porte como o iFood, Azul Linhas Aéreas e Enotel Hotel e Resorts receberam vultosos incentivos.

O iFood lidera o ranking, com R$ 336 milhões, gerando críticas de entidades como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

A Abrasel expressou descontentamento com a inclusão do iFood no Perse e afirmou que é “inaceitável” que uma empresa que prosperou durante a pandemia receba os mesmos benefícios que pequenos negócios.

Apelo por reavaliação dos benefícios

A entidade representante do setor de alimentação defende a reconsideração de grandes beneficiários, solicitando que os recursos sejam direcionados a quem verdadeiramente precisa. Segundo ela, muitos bares e restaurantes enfrentam dificuldades financeiras significativas.

Em resposta às críticas, o iFood destacou suas ações durante a pandemia, alegando ter apoiado pequenas empresas. A companhia justificou sua participação no programa, alegando prejuízos acumulados e ressaltou os esforços realizados para auxiliar o setor.

Enquanto as discussões prosseguem, o debate sobre a destinação dos benefícios fiscais do Perse levanta questões sobre a equidade e a eficácia do programa.

A inclusão de grandes empresas e influenciadores continua sendo um tema controverso, que exige análise cuidadosa.

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