Caso Genivaldo: júri popular dos ex-PRFs inicia hoje em Estância

O julgamento acontece na cidade de Estância, em Sergipe (Foto: arquivo/ redes sociais)

O júri popular que julga os três ex-policiais rodoviários envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos inicia nesta terça-feira, 26, a partir das 8h. A previsão é de que o julgamento dure seis dias corridos.

De acordo com o Tribunal Regional Federal, a sessão do Tribunal do Júri é realizada no Fórum Estadual da Comarca de Estância e não será transmitida online. O julgamento será presidido pelo juiz federal Rafael Soares Souza, da 7ª Vara Federal em Sergipe.

William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento estão presos no Presídio Militar de Sergipe desde o dia 14 de outubro de 2022 e respondem pelos crimes de  tortura e homicídio triplamente qualificado.

Conheça as etapas do julgamento no Tribunal do Júri

1 – Entre jurados convocados pela Justiça Federal, haverá sorteio para composição do Conselho de Sentença. O Ministério Público e a defesa dos réus poderão dispensar até três jurados sorteados sem apresentar justificativa. Ao final, sete jurados participarão do julgamento.

2 – Os jurados recebem o relatório do processo e outros documentos do caso.

3 – São ouvidas as testemunhas indicadas pelas partes, peritos e realizado o interrogatório dos réus. Os jurados poderão fazer perguntas para melhor se convencer dos fatos.

4 – Em seguida, começam os debates entre a acusação e a defesa. Inicialmente, falam pela acusação os membros do Ministério Público e advogados da assistência da acusação.

5 – Os advogados dos réus apresentam, então, as defesas.

6 – Os membros do Ministério Público e os advogados podem voltar a debater com direito a réplica e tréplica.

7 – Ao final dos debates, o juiz formula os quesitos (perguntas diretas) que serão votados secretamente pelo Conselho de Sentença. As decisões são tomadas por maioria.

8 – A votação é feita em uma sala especial longe dos acusados e do público e se dá por meio de cédulas. Os votos são contabilizados pelo juiz.

9 –  Ao final da votação, cabe ao juiz proferir a sentença de absolvição ou condenação, e, nesse último caso, estabelecer as penas.

Entenda o Caso

Genivaldo foi abordado por agentes da PRF enquanto pilotava uma motocicleta sem capacete. Durante a abordagem, ele foi colocado dentro de uma viatura, onde os policiais usaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo em espaço fechado, o que resultou em sua morte por asfixia. O caso gerou grande comoção nacional e repercussão na mídia, destacando o uso desproporcional da força.

por Carol Mundim e Aisla vasconcelos
Com informações do TRF5 e MPF

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