Quando trocar a esponja de cozinha? Demora excessiva coloca a saúde em risco

Quem imaginaria que a esponja da cozinha, utilizada diariamente, poderia se tornar uma verdadeira colônia de microrganismos? Pesquisadores de Campinas descobriram que, em apenas 15 dias, esses utensílios podem acumular cerca de 680 milhões de fungos e bactérias.

A pesquisa, conduzida pelo Centro Universitário UniMetrocamp Wyden, evidencia como as esponjas criam um ambiente propício para o crescimento desses organismos. Segundo Andrea Balan, coordenadora de microbiologia da USP, fragmentos de alimentos e a própria umidade favorecem essa proliferação.

A preocupação se acentua quando consideramos que, mesmo após a lavagem, muitos desses microrganismos permanecem na esponja, aumentando riscos à saúde. Mas, afinal, qual é a frequência adequada para substituir esse item essencial?

Quando trocar sua esponja de cozinha?

Especialistas recomendam a troca semanal das esponjas, considerando que as bactérias se duplicam rapidamente, a cada 30 minutos. No entanto, essa frequência pode variar conforme o uso.

Para quem mora sozinho e cozinha pouco, por exemplo, duas semanas podem ser aceitáveis.

Para prolongar a vida útil e a segurança da esponja, Balan sugere uma limpeza rigorosa após cada uso. Lavar com detergente é essencial, pois ele dissolve as gorduras que protegem as bactérias, mas secar adequadamente a esponja também reduz a proliferação microbiana.

Uma técnica adicional é aquecer o item no micro-ondas por até dois minutos após a lavagem, já que isso ajuda a eliminar microrganismos resistentes. Evitar guardar a esponja em recipientes fechados também é crucial para mantê-la seca.

Impactos dos microrganismos na saúde

A presença intensa de bactérias na esponja pode levar a um problema conhecido como biofilme, uma camada protetora que dificulta a ação de detergentes. Isso pode resultar em contaminação dos pratos e, consequentemente, dos alimentos servidos.

Embora muitos desses microrganismos já existam em nosso corpo, seu excesso pode causar desequilíbrios e doenças. Assim, garantir a correta higienização e troca frequente da esponja é crucial para a saúde doméstica.

Alternativas e sugestões

Para quem deseja minimizar riscos, substituir a esponja tradicional por escovas pode ser uma alternativa viável. As cerdas plásticas são menos propensas ao acúmulo de bactérias e mais fáceis de limpar.

No entanto, cuidado com misturas caseiras de limpeza que, sem as proporções corretas, podem contaminar a esponja em vez de higienizá-la. Portanto, é fundamental evitar que resíduos de produtos químicos entrem em contato com alimentos.

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