13º salário: investir ou gastar? Educadora financeira responde

13º salário
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Fim de ano chegando, e com, ele aquela parcela extra tão aguardada: o famoso 13º salário. Mas como aproveitar esse dinheiro? Gastar, afinal é uma época de celebrações e presentes? Ou investir, pensando em um futuro financeiramente mais confortável? De acordo com Thaísa Durso, educadora financeira da Rico, há muito o que se considerar para realmente tomar a melhor decisão. 

Há quem acabe gastando o 13º de forma ineficiente, em pequenas indulgências ou compras por impulso que, no fim, não trazem tanto valor. E é comum que, depois desses gastos, a quantia que sobra pareça “pequena demais” para investir. 

Segundo Thaísa, porém, esse valor “pequeno” não deve ser desprezado. “Vale lembrar que muitos investimentos permitem começar com valores baixos e, ao longo do tempo, os juros compostos fazem esse valor crescer. Ou seja, investir o que sobrou do 13º – seja muito ou pouco – é muito mais vantajoso do que esperar acumular uma grande quantia antes de começar”, explicou a educadora financeira.

7 dicas para usar o 13º salário de forma estratégica

1.     Monte uma lista de necessidades e prioridades: Antes de gastar ou investir, elabore uma lista que inclua tanto as despesas fixas que você já possui quanto os investimentos que deseja realizar.

Comece priorizando aqueles que impactam positivamente sua qualidade de vida e segurança financeira. Essa abordagem não apenas evita compras impulsivas, mas também ajuda a concentrar suas escolhas nas opções que realmente fazem a diferença, garantindo que o 13º salário seja utilizado de forma eficiente e consciente. 

2.     Quitar ou antecipar dívidas: Usar o 13º para reduzir dívidas é uma estratégia poderosa, especialmente se começar pelas de maiores juros, como cartões de crédito e cheque especial.

Outra possibilidade estratégica para o 13º é utilizar uma parte para quitar ou antecipar parcelas de financiamentos, reduzindo, assim, o montante de juros que você pagará ao longo do tempo. Essa decisão não só alivia o peso financeiro mensal como também abre espaço no orçamento para investir de maneira mais consistente no próximo ano.  

3.     Estabeleça uma reserva de emergência: Se você ainda não tem um fundo para emergências, agora é o momento ideal para criar essa segurança.

Destine parte do 13º para iniciar ou fortalecer essa reserva, que será essencial para cobrir imprevistos sem precisar recorrer a dívidas. Esse fundo é uma base sólida para uma vida financeira mais tranquila, permitindo que você siga com seus investimentos e planos sem ser pego de surpresa por gastos inesperados. 

4.     Crie um fundo pessoal de indulgência: Ao invés de gastar o 13º de uma vez, separe uma parte para um “fundo de prazeres” anual. Assim, você consegue aproveitar pequenos luxos ao longo do ano – seja um jantar especial, uma ida ao cinema ou um passeio que estava esperando – sem comprometer o seu planejamento.

Esse “fundo de indulgência” permite que você aproveite esses momentos com tranquilidade, pois já se planejou para eles.   

5.     Invista em habilidades que podem gerar renda extra: Aproveite essa renda adicional para investir em cursos que possam abrir novas oportunidades de renda. Invista em habilidades que podem gerar uma renda complementar, como fotografia, culinária ou design gráfico.

Essa é uma forma de, além de aprender algo novo, construir uma segunda fonte de renda que pode ser útil a longo prazo, sem comprometer demais o seu tempo. Em paralelo, busque sempre aprimorar suas competências para agregar valor ao seu perfil profissional. Neste artigo, você encontra diversas formas de gerar renda extra para complementar o seu salário. 

6.     Aplique em algo que permita um futuro lazer: Investir o 13º em CDBs ou outros títulos de renda fixa com vencimento em datas específicas é uma ótima maneira de transformar esse dinheiro extra em um “presente” futuro, como financiar suas próximas férias ou comprar algo especial sem se endividar. Ao escolher um CDB, por exemplo, com um prazo de dois anos, você permite que o dinheiro cresça com o tempo, beneficiando-se dos juros compostos para maximizar o valor investido. Uma das vantagens da renda fixa é a previsibilidade dos retornos.

Com investimentos como CDBs, LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) ou LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), você sabe com maior clareza quanto seu dinheiro vai render até o vencimento, já que muitos desses títulos oferecem uma taxa de rentabilidade fixa ou atrelada ao CDI (índice de referência no mercado de juros). Isso permite que você planeje o uso desse valor para financiar uma viagem, cursos, ou mesmo uma renovação em casa, tudo sem comprometer o orçamento mensal.    

7.     Antecipe as despesas de início de ano: Reservar uma quantia desse dinheiro extra para cobrir as despesas de início de ano pode ser um alívio significativo. Contas como material escolar, matrícula, IPTU e IPVA sempre chegam de surpresa para desorganizar o orçamento – e já estar preparado para essas obrigações é um passo importante para começar 2025 com muito mais saúde financeira. 

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