Argentina diminuiu muito o prêmio de risco, diz Campos Neto

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (19) que a economia da Argentina tem surpreendido ao registrar um crescimento acima do esperado, impulsionada por um processo de contração fiscal.

A declaração foi feita durante um evento promovido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Campos Neto destacou que houve uma significativa redução no prêmio de risco da Argentina.

“Quando você reduz consideravelmente o prêmio de risco, isso acaba valendo mais do que o dinheiro que foi retirado de circulação devido à contração fiscal. Os números recentes mostram que a Argentina começou a apresentar um crescimento superior ao previsto”, comentou Campos Neto, segundo o Valor.

Ele também abordou os impactos variados que políticas fiscais podem ter sobre a economia, dependendo da percepção dos agentes. “Há situações em que a tentativa de estimular a economia por meio de um pacote fiscal acaba gerando o efeito contrário”, concluiu.

Argentina: Kirchner tem condenação por fraude estatal confirmada

A justiça confirmou a condenação da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner por fraude estatal na quarta-feira (13). A líder peronista foi condenada a seis anos de prisão e, portanto, não pode mais ocupar cargos públicos. Porém, ela ainda pode recorrer da decisão da Câmara Federal de Cassação Penal.

O caso que condenou Kirchner é conhecido como “Vialidad”. Nele, ela teria favorecido um amigo empresário na concessão de obras públicas. A ex-presidente alega que a condenação teve motivação política. “O objetivo real é me banir para o resto da vida”, afirmou Kirchner no X. Militantes cercaram o tribunal em protesto à decisão.

Inflação do país subiu 2,7% em outubro, menor alta desde 2021

A inflação na Argentina subiu 2,7% em outubro em relação ao mês anterior, marcando o menor aumento mensal em 2024 e o menor desde novembro de 2021, quando ficou em 2,5%. Em setembro deste ano, o aumento foi de 3,5%.

Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada foi de 193%, uma queda em relação à taxa anual de setembro, que foi de 209%, conforme dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos).

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