Apenas um país permite a venda de órgãos humanos

Com mais de 190 países reconhecidos internacionalmente, o Irã destaca-se por ser a única nação onde a venda de órgãos é legalizada. Este sistema peculiar permite a comercialização de rins, mas somente entre cidadãos iranianos.

A prática, controlada pelo governo, visa aliviar situações financeiras críticas e atender a demanda por transplantes. Apesar das controvérsias, o método oferece uma alternativa ao mercado paralelo.

Desde 1988, o governo iraniano estabeleceu diretrizes claras para este processo. Dentre elas, o vendedor só recebe o pagamento de até US$ 4.600 após a realização da cirurgia.

Além disso, a operação é financiada pelo Estado, e grupos beneficentes auxiliam receptores necessitados com despesas adicionais. Essa estrutura visa garantir segurança e eficiência na prática.

O programa, que surgiu devido à falta de infraestrutura para doações voluntárias no país, busca uma solução para o problema crescente de espera por transplantes.

Contudo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) critica a iniciativa, considerando-a exploratória e perigosa para os doadores.

Mesmo assim, o governo iraniano defende seu sistema como uma forma viável de salvar vidas.

Regras e funcionamento do sistema

Para participar do programa, tanto doadores quanto receptores devem estar cadastrados em um sistema governamental.

A seleção é baseada em critérios como tipo sanguíneo e perfil imunológico, um processo assegura a compatibilidade entre as partes envolvidas na transação.

Críticas e preocupações internacionais

Apesar das intenções declaradas pelo governo iraniano, a prática enfrenta resistência e preocupações éticas. Críticos apontam que ela pode incentivar o comércio ilegal de órgãos, pois o mercado paralelo ainda prospera no país.

A OMS alerta para os riscos associados, incluindo possíveis operações inseguras realizadas por profissionais de saúde.

Impacto social e econômico

O programa é defendido como um meio de sustento para iranianos em situação financeira precária. No entanto, o impacto econômico é acompanhado por questionamentos éticos.

A prática levanta debates sobre a dignidade humana e o papel do governo na regulação da venda de partes do corpo.

O modelo iraniano de comercialização de rins permanece um tema complexo e controverso. Enquanto oferece oportunidades financeiras para muitos, ele também desafia normas éticas e regulatórias globais.

Com as críticas internacionais persistindo, o futuro dessa prática continua incerto.

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