Lucro da Klabin recua 70% no 2TRI24

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A Klabin (KLBN11) obteve um lucro líquido de R$ 315 milhões no segundo trimestre de 2024, marcando uma queda de aproximadamente 70% em relação ao mesmo período do ano anterior, apesar de ter apresentado um sólido crescimento operacional.

O resultado final foi afetado, em parte, por um desempenho financeiro negativo de R$ 563 milhões, em contraste com o resultado positivo de R$ 156 milhões registrado no segundo trimestre do ano passado.

A companhia registrou um EBITDA ajustado de R$ 2,05 bilhões de abril a junho, o que representa um aumento de 53% em comparação com o ano anterior, impulsionado por maiores vendas de papel e celulose e uma redução no custo caixa total.

Analistas esperavam, em média, um lucro líquido de R$ 727 milhões para o período, com um EBITDA de R$ 1,9 bilhão, conforme dados da LSEG.

A empresa observou um crescimento de 16% no volume vendido de papel e celulose, resultando em um aumento de 15% na receita líquida, que alcançou R$ 4,95 bilhões.

O custo caixa total de produção foi de R$ 2.890 por tonelada, 11% abaixo do valor do ano passado, e o custo da celulose foi de R$ 1.205, uma queda de 12%.

A Klabin encerrou o semestre com uma alavancagem em dólares de 3,2 vezes, em comparação com 2,6 vezes no final do primeiro semestre de 2023.

O setor

O setor de papel e celulose no Brasil é uma indústria crucial para a economia do país, destacando-se como um dos maiores produtores e exportadores globais nesse segmento. Esta indústria abrange a produção de papel, papelão e celulose, que são utilizados em uma ampla gama de produtos, desde embalagens e papéis para impressão até produtos de higiene pessoal e papel sanitário.

O Brasil possui vastos recursos naturais que favorecem o desenvolvimento desse setor, principalmente suas grandes áreas de floresta de eucalipto, que são cultivadas especificamente para fornecer a matéria-prima necessária para a produção de celulose. A celulose é o principal insumo para a fabricação de papel, e o país tem investido significativamente em tecnologias de processamento e práticas de manejo florestal sustentável para atender à demanda global.

A indústria de papel e celulose no Brasil é conhecida por sua capacidade de combinar tecnologia avançada com práticas de sustentabilidade. O país adota processos de produção que visam reduzir impactos ambientais, utilizando práticas como a reciclagem de água e a geração de energia a partir de biomassa. Além disso, as empresas brasileiras do setor frequentemente recebem certificações internacionais que comprovam o uso responsável dos recursos florestais.

O setor tem um papel importante na geração de empregos, especialmente em regiões rurais, e contribui significativamente para as exportações do Brasil, com muitos produtos sendo enviados para mercados na América do Norte, Europa e Ásia. Empresas brasileiras como a Klabin, Suzano e Fibria são algumas das líderes na indústria, que continua a crescer e se expandir com novos investimentos e inovações tecnológicas.

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