Café: leilão de grãos do cerrado mineiro vende saca a R$ 115 mil

São Paulo, 18/11 – A saca de 60 kg de café do produtor Enivaldo Marinho Pereira, da Fazenda Cruzeiro/Cachoeira, em Carmo do Paranaíba (MG), foi vendida, na quarta-feira passada (13), por R$ 115 mil, valor recorde do Leilão Café Solidário, com o vencedores do 12º Prêmio Região do Cerrado Mineiro (RCM), promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado com apoio do Sebrae Minas, em Uberlândia (MG). O produto foi adquirido pelo consórcio formado pelo Sebrae, Carpec e Louis Dreyfus. Para efeito de comparação, o Indicador do café arábica, à vista, para exportação, calculado pela Esalq, fechou naquele dia em R$ 1.698,83 a saca.

O segundo maior lance foi para o café campeão da categoria Fermentação Induzida, produzido na fazenda São Lourenço, em Patrocínio, do cafeicultor Haroldo Barcelos Veloso, adquirido por R$ 100 mil.

O leilão arrecadou um total de R$ 557 mil. “O resultado do leilão do Prêmio Cerrado Mineiro é fruto da solidariedade da nossa Região e da competência dos cafeicultores que não medem esforços para elevar a qualidade. Estamos muito felizes pois 50% dos recursos arrecadados irão para projetos sociais em nossa região”, destacou em nota Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.

A premiação revelou os melhores cafés da safra em uma disputa acirrada, com pontuações mínimas de 80 pontos para serem classificados como cafés especiais. Este ano, o prêmio registrou recorde de amostras inscritas, totalizando 547, uma conquista que evidencia o crescente interesse dos cafeicultores pela excelência. A seleção dos finalistas envolveu um painel internacional de juízes que escolheram 60 amostras nas categorias Café Natural, Cereja Descascado e Fermentação Induzida.

O Prêmio RCM é um reconhecimento aos produtores que se destacam pela alta qualidade, rastreabilidade e compromisso socioambiental na produção de café, fortalecendo a marca da Região do Cerrado Mineiro, que há mais de cinco décadas produz cafés com qualidade reconhecida e é a primeira Denominação de Origem (DO) para café no Brasil. Atualmente, 4.500 produtores da RCM ocupam 250 mil hectares em 55 municípios de Minas Gerais, responsáveis por 25,4% da produção do Estado e 12,7% da produção nacional. Confira os vencedores:

Categoria Cereja Descascado
1º lugar: Flávio Márcio Ferreira da Silva (Carpec) – 90,13 pontos
2º lugar: Guimarães Agropecuária (Expocacer) – 89,35 pontos
3º lugar: Eduardo Pinheiro Campos Filho (Expocacer) – 88,48 pontos

Categoria Fermentação Induzida
1º lugar: Haroldo Barcelos Veloso (Carmocer) – 90,13 pontos
2º lugar: Beatriz Aparecida de Souza Guimarães (Expocacer) – 89,70 pontos
3º lugar: M&F Coffee (Carmocer) – 89,45 pontos

Categoria Natural
1º lugar: M&F Coffee (Carmocer) – 90,58 pontos
2º lugar: Carla Poliana da Silva Oliveira (Carmocer) – 90,15 pontos
3º lugar: Enivaldo Marinho Pereira (Carmocer) – 88,16 pontos

O evento também premiou as mulheres que contribuem para a inovação e qualidade no setor cafeeiro com o Troféu Mulher de Atitude. As três melhores produtoras de 2024 foram Carla Poliana da Silva Oliveira, destacando-se nas categorias Cereja Descascado e Café Natural e Beatriz Aparecida de Souza Guimarães, na categoria Fermentação Induzida.

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