Petrobras anuncia centro de preservação da fauna no Amapá

A diretora executiva de Assuntos Corporativos da Petrobras (PETR3; PETR4), Clarice Coppetti, anunciou dia 17 que até fevereiro de 2025 será concluído um centro de preservação da fauna no município de Oiapoque, no Amapá. O projeto atende a uma exigência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e é parte do processo de licenciamento ambiental para exploração de petróleo na Foz do Amazonas, na costa do estado.

Coppetti informou que o investimento na construção da unidade, somado à contratação de mão de obra, aeronaves e embarcações, alcançará R$ 150 milhões. Durante o evento G20 Social, a executiva destacou que equipes técnicas da estatal estão trabalhando para atender às demandas do Ibama.

“A nossa previsão é de que a base esteja construída até o final de fevereiro de 2025”, afirmou Coppetti.

Esforços para obtenção da licença ambiental

O pedido inicial da Petrobras para explorar a bacia da Foz do Amazonas foi negado pelo Ibama em 2023. Em uma nova tentativa, a estatal apresentou documentos adicionais em 2024, mas enfrenta questionamentos técnicos do órgão ambiental.

Recentemente, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, solicitou novos esclarecimentos sobre o projeto, mesmo após técnicos da agência recomendarem o indeferimento do pedido devido à falta de informações suficientes. Coppetti explicou que a Petrobras recebeu 14 novas solicitações relacionadas à proteção da fauna e está trabalhando para respondê-las até o final deste mês.

“Esses questionamentos já estão sendo analisados internamente. Acreditamos que conseguiremos entregá-los ao Ibama ainda este mês”, acrescentou.

Novo plano estratégico

Coppetti também comentou sobre o novo plano de negócios da Petrobras para o período de 2025 a 2029, que será apresentado ao conselho de administração em 21 de novembro. O documento, que será divulgado ao mercado no mesmo dia, deve incluir investimentos estimados em US$ 110 bilhões, segundo levantamento da Reuters.

A diretora destacou que o plano não trará mudanças bruscas em relação às estratégias anteriores. “Nenhuma empresa do porte da Petrobras, com a responsabilidade que tem, faz mudanças radicais de um plano para outro, de um ano para o outro”, afirmou.

O plano de negócios da Petrobras deve continuar priorizando iniciativas que equilibrem a busca por eficiência operacional e sustentabilidade, enquanto a companhia se adapta às demandas do mercado global de energia.

(Com Agências).

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