Itaú BBA rebaixa Nubank (ROXO34) para neutro e corta preço-alvo

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Após um balanço trimestral que desagradou o mercado, por conta do crescimento menor das receitas, o Itaú BBA rebaixou a recomendação das ações do Nubank (ROXO34) para “market-perform” (equivalente a neutro). O preço-alvo para 2025 também foi cortado de US$ 17,00 para US$ 15,00.

Em relatório, os analistas do Itaú BBA liderados por Pedro Leduc, afirmaram que os números do 3TRI24 do Nubank vão desencadear revisões nas previsões de ganhos e uma pausa na expansão dos múltiplos, após um período de recordes de alta das ações.

A desaceleração nas receitas é a principal razão apontada para isso, movimento que a equipe não esperava, segundo o “Broadcast+”.

No Brasil, as linhas de crédito pessoal e cartão de crédito seguem avançando, mas o ritmo de expansão da receita ficou mais lento. 

No segmento de produtos para alta renda do Nubank, o crédito consignado e o UltraVioleta, houve crescimento mas não o suficiente para compensar a perda de fôlego da receita.

Devido ao ciclo de alta da Selic (taxa básica de juros) e expectativa de um ambiente pior para o crédito em 2025, o Itaú BBA espera uma desaceleração das margens do Nubank.

Sendo assim, a equipe do banco projeta um lucro menor para a fintech no ano que vem, chegando a US$ 2,8 bilhões, 17% a menos do que o anteriormente previsto.

“Acreditamos que o Nubank tem potencial de aumentar a participação no mercado em segmentos de renda média-alta, empréstimos consignados e em outros países, mas uma desaceleração no Brasil não pode ser ignorada”, ressaltou Leduc no relatório do Itaú BBA.

Nubank (ROXO34) tem lucro líquido de US$ 553 mi no 3TRI24

A temporada de balanços trimestrais no Brasil está chegando ao fim, com as últimas companhias reportando seus números operacionais. Nesta quarta-feira (13), o Nubank (ROXO34) revelou ter tido um lucro líquido de US$ 553 milhões, um salto de 107% no 3º trimestre.

O número foi superior à expectativa média do consenso de analistas LSEG, que esperava US$ 559 milhões. A receita líquida do Nubank chegou a US$ 2,9 bilhões no trimestre encerrado em setembro, um aumento de 56% na comparação anual e em uma base cambial neutra (FXN), resultado em linha com as expectativas.

Enquanto isso, o Nu Holdings Ltd. também reportou seu balanço operacional, com números expressos em dólar norte-americano e apresentados de acordo com as IFRS (Normas Internacionais de Relatórios Financeiros).

No nível da holding, o Nubank registrou lucro ajustado de US$592,2 milhões, com um ROE ajustado anualizado de 33%.

Já o lucro bruto do Nu fechou o intervalo de junho a setembro em US$1,348 bilhão, aumento de 67% frente ao resultado do 3º trimestre de 2023 e em uma base cambial neutra (FXN), com uma margem de 46%, em comparação a 43% do terceiro trimestre de 2023.

“Nossos resultados do terceiro trimestre de 2024 destacam a força do nosso modelo de negócios, demonstrando crescimento da receita e rentabilidade. Alcançamos uma receita de $2,9 bilhões, impulsionada tanto pela aquisição de clientes – atingindo 110 milhões globalmente – quanto pela melhora no engajamento por meio de iniciativas de cross-selling e up-selling, combinada com lançamentos de produtos atrativos”, disse David Vélez, fundador e CEO do Nubank.

“À medida que avançamos em nossa execução, estamos nos preparando para consolidar o Nu como a principal plataforma de serviços digitais do mundo, indo além dos serviços financeiros”, prosseguiu.

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