Tempos espertos.

Seriam os tempos pós-eleitorais períodos espertos, onde todos ganham e só perdem aqueles que as urnas rejeitaram?

Se não são, são tempos de fagocitose por sobrevivência e também por ecdise, coisa comum aos ofídios, em pérfida invídia,  desde o Livro Gênesis, por vil esperteza.

Se os vitoriosos recebem o sorriso dos áulicos, nos muitos fátuos, por assim o serem: subservientes!; sorri-lhes também os anfifílicos, aqueles que se diluem e se dispersam em todos os fluidos; na água, no óleo, no éter, no visgo ou graxa, qualquer droga, iônica ou não, alifática, alicíclica, aromática, halogenada, sendo a todos antagônicos ou anacrônicos, hiperbólicos, parabólicos, e até estrambólicos, desde que ali possam se imiscuir, sem temer o rejeito e o mal aceite, por nunca se verem, nem sentirem um vezo algum por simum antraz; constrangimento!

Constrangimento, se houver algum, este será daquele que se sente derrotado e infeliz no próprio espelho, embora não se ouse nem por esguelho; parecer tanto!

Para estes farsantes ou farsescos, a derrota não foi sua. Foi do outro, daquele cujos burros deram n’água, infeliz ou felizmente!

O seu marketing não é infalível, capaz de comerciar até mesmo um “sabão de macaco” fedorento, como o melhor detergente em superior espuma?

E nesse espumar vazio e sem fim, a vitória nunca será daquele de seu pior apodo explicitado, pois o apodo, pode virar um apoio retificado, por engodo no final, sem ousar genuflexão, no confessionário ou um reles pedido de perdão, podendo receber até a alforria por absolvição, para bem se imiscuir na galera da euforia, no escoadouro natural estuarino, que aplaude bestificado todo campeão em sua passagem  apoteótica.

Dito assim, quero dizer que o apupado inicial, torna-se no final uma prévia do apoio requerido, afinal ninguém maldiz o Sol nascente, embora todos saibamos que o seu zênite é sempre comum, e a sua sombra irá requerer o mesmo abrigo.

Do abrigo ou meio abrigo, poucos se colocam ao desabrigo, das intempéries e das más escolhas, sobretudo aqueles que jogam contra ou a favor, em desvalor e desfavor.

E nesse deslavor, não me afasto nem esqueço da ecdise, comum, serpentária, trocando a casca e a pele por realce, e do percalce da celular fagocitose, absorvendo tudo que lhes sirva ou acresça no seu redor sem matar, afinal é velha a lição comensal e consensual: “o que não mata, sempre engorda!”

Consensual lição, que bem melhor se aplica à política, pois vencida a batalha renhida,  começa a recolhida peleja para o garimpo das alianças necessárias, onde a mudança não muda tanto, tudo restando igual com os móveis dos palácios, inamovíveis e confortáveis permanecendo disputados por muitas bundas servis; acolhedoras!

Se em Aracaju transparece assim, com Emília vitoriosa, cercada de “tanta gente tida como ‘ruim’, só por rima pobre micuim, e com Bolsonaro quão pior por distante sangue-ruim”, como escarrava a nossa velha imprensa, e tão pior, execrado, o que se poderá dizer lá na América do Norte com Donald Trump vitorioso em numero de delegados eleitores e em vasta votação, ele um candidato que no Brasil, jamais seria um postulante, por condenado, conforme o tolo opinar de um perdedor lá e cá, radicado em Sergipe, amante dos nossos TSE e STF, da “descondenaçao” do LULA, da clarividência do eleitorado nordestino e do Mistério inauditável da urna eletrônica?

Para este sergipano tolo, ó como são tantos os assim comuns perdedores!, o mundo vai se acabar com Trump, o laranjão Republicano querendo resgatar a grandeza americana.

Bom está o Brasil, ó que terrível falta de vergonha, meu Deus!!!, com a inflação eternamente recidivando, com a mendicância crescendo, um mundo enorme de gente vivendo de bolsa-família em excedente caridade pública, e o PSOL, o sucedâneo do PT, em muitas esquerdas desmioladas, querendo agora inovar, tentando alterar a CLT, para inserir na Constituição Cidadã o Regime de Trabalho 3X2, no lugar do 6X1, numa penada, por simples concessão do quanto pior melhor, como rescaldo das eleições perdidas.

Seria um corolário do Ócio Criativo de que nos falara Domenico de Masi, que muitos leram e não adotaram?

Não! Não é nada disso. É a velha ecdise serpentária transmutada após a derrocada eleitoral, numa metamorfose esperta e numa fagocitose voraz, para tentar mimetizar e iludir o eleitorado perdido, agora querendo reduzir na canetada a jornada de trabalho.

A fora tudo isso, estou a relembrar de escritos meus antigos em que enalteci a beleza das orquídeas, deslustrando-as como plantas parasitas por viverem sobre outras plantas, sendo corrigido por um leitor que me explicou serem as orquídeas, as bromélias e também as cetáceas; plantas ditas epífitas, e não simples parasitas, porque estas não retiram da planta suporte nenhuma seiva.

Diferente destes partidos de esquerda, tipo PT que se escafedeu e agora vem sendo seguido pelo PSOL, parasitando a democracia e tendo seus adeptos nutridos na inveja que o Capital sempre suscita.

Como eu pouco entendo de epifitismo, um dia estudei Equações de Pfaff, sendo lembrado o nome só por aparência com Johann Friedrich Pfaff (1765-1825), seu melhor estudioso, tratando a não existência de soluções algébricas, coisas não tão belas como as orquídeas, mas de fascínio igual, por inerentes aos Campos Vetoriais, à Geometria Algébrica, às Integrais Pfaffianas, e às Curvas Invariantes, temas que não tem nada a ver com o parasitismo, esta coisa bem comum às esquerdas que só querem criar o caos, por ecdise venenosa e fagocitose peçonhenta.

Das eleições apuradas, sorridas ou pranteadas, aguardemos agora o novo e que ele nos livre da invariante peçonha e da ecdise todo e sempre perigosa.

Que nós todos tenhamos bom senso!

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