Servidores do INSS iniciam greve

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), vinculados ao Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo, deram início a uma greve nacional. A paralisação ocorre devido à falta de acordo com o governo federal sobre reajuste salarial, afetando tanto os trabalhadores que atuam presencialmente nas agências quanto os que estão em home office.

A greve pode impactar a análise e concessão de benefícios como aposentadorias, pensões, Benefício de Prestação Continuada (BPC), além do atendimento presencial, excluindo perícia médica e análise de recursos e revisões de pensões e aposentadorias. Apesar das diversas rodadas de negociação com o governo, não foi alcançado consenso sobre o reajuste salarial da categoria.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP), foi estabelecida a criação de um comando de greve, com a primeira reunião agendada para o dia 12, para discutir os próximos passos do movimento.

Servidores do INSS

O INSS conta com 19 mil servidores ativos, sendo a maioria composta por 15 mil técnicos, responsáveis pela maioria dos serviços da instituição, e 4 mil analistas. Aproximadamente metade dos servidores ainda está em regime de trabalho remoto, em home office.

Em comunicado, o INSS afirmou que estudará medidas de contingenciamento para minimizar o impacto à população. Até o momento, “não houve impacto no sistema e no atendimento do INSS desde o início da paralisação nesta quarta-feira”.

O instituto também ressaltou que mais de 100 serviços podem ser realizados através da plataforma Meu INSS, disponível em versão para celular (app) e desktop, além do atendimento pela Central 135, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. Para serviços como requerimentos, cumprimento de exigências e solicitação de auxílio-doença, os cidadãos podem utilizar esses meios.

O INSS avaliou que não há relação direta entre a greve dos servidores iniciada nesta quarta-feira e os efeitos da revisão de benefícios que começará somente em agosto próximo.

Outra convocação

Os servidores do INSS estão convocados para uma greve por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira (16), conforme anunciado pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps). O movimento, comunicado oficialmente à ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, e ao presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, abrange toda a categoria no país.

O ofício enviado pela Fenasps destaca que, após análise das propostas do governo, foi constatado pouco avanço nas negociações. O texto critica a proposta de aumentar de 17 para 20 níveis na carreira e a criação de gratificação de atividade, considerando que não compensam as perdas salariais acumuladas pela categoria, que ultrapassam 53% no último período. A entidade também menciona que o acordo firmado na greve de 2022 ainda não foi totalmente cumprido pelo governo.

Fenasps

A Fenasps explica que até o dia 31 deste mês, o INSS precisa se adequar à Instrução Normativa 24 (IN24), que transforma os atuais programas de Gestão em Programas de Gestão e Desempenho. Isso implica em maior pressão para o cumprimento de metas e a possibilidade de desconto salarial e abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) caso as metas não sejam alcançadas.

A entidade convoca todos os servidores a participarem das assembleias estaduais para deliberar sobre os rumos do movimento grevista.

(Com Agência Brasil).

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