Tesouro Direto tem aumento de taxas e chega quase a IPCA + 7%

Tesouro Direto: títulos valorizam nesta sexta-feira
Os títulos negociados no Tesouro Direto apresentam alta / Freepik

O Tesouro Direto renovou a taxa máxima do IPCA+ 2029 de IPCA + 6,81% para IPCA + 6,94% nesta quarta-feira (13). Agora, o título chega quase ao famoso IPCA + 7%. O Tesouro Prefixado 2027 também teve um aumento, para um retorno anual de 13,32%, a maior taxa do ano. Enquanto isso, o Prefixado 2031 subiu para 13,09%.

Outros títulos, como Educa+, Renda+ e IPCA+, estão com taxas entre 6,61% e 6,94%. Os patamares atuais do Tesouro Direto, que vêm crescendo nas últimas semanas, são uma boa oportunidade para investidores de renda fixa.

Vale a pena investir nesses títulos do Tesouro Direto?

“Esse movimento de títulos atrelados ao IPCA oferecendo remunerações de IPCA + 7% reflete o prêmio de risco elevado, que surge do cenário macroeconômico com incertezas sobre a inflação e possíveis ajustes na política monetária”, explica a sócia-fundadora da AVG Capital, Andressa Bergamo.

“A precificação dos títulos atrelados ao IPCA nesse patamar alto demonstra que os investidores exigem uma proteção significativa frente a um cenário inflacionário que pode ser persistente“, afirma a especialista. Segundo ela, o IPCA + 7% é interessante para os investidores que procuram proteção contra a inflação.

“Mas é essencial monitorar as projeções de inflação e as decisões do Banco Central sobre a Selic, pois elas influenciarão a precificação desses papéis no médio e longo prazo”, pondera.

Ao estudar o investimento nesses títulos, é importante ficar atento ao vencimento, destaca a especialista. Segundo ela, os títulos com vencimento mais longo têm prêmios maiores, no entanto são mais sensíveis às variações da taxa de juros, o que pode gerar volatilidade.

Assim, títulos com vencimento mais curto são boa opção para os mais conservadores. “Assim, se o investidor tem um horizonte de longo prazo e pode tolerar essa volatilidade, os títulos com prazos mais estendidos podem ser interessantes pela possibilidade de uma rentabilidade real mais elevada. Já os títulos de vencimento mais curto são menos sensíveis a essa volatilidade”, afirma.

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