Fábula da Floresta: As Artimanhas e Alianças da Selva Eleitoral-2026

Era uma vez, na Floresta de Sergipe, uma agitação que parecia ecoar por todos os cantos: a grande eleição do Conselho dos Animais havia ocorrido, e as reviravoltas não deixavam ninguém em paz. No centro de toda essa movimentação estava o Leão Fábio, conhecido por sua juba lustrosa e seu rugido alto, mas, para surpresa de todos, a vitória na clareira central, chamada Aracaju, escapou de suas garras.

O Leão Fábio, com seu olhar firme, havia se unido ao Rato André, um mestre das passagens discretas, conhecedor de cada túnel e galeria da floresta. Juntos, eles haviam conquistado várias aldeias, e sua aliança parecia inquebrantável. Mas, como se sabe, Leão e Rato só funcionam bem lado a lado. Quando se separam, o Rato anda furtivamente, enquanto o Leão tenta manter a postura de majestade, mas ambos perdem força. E essa fragilidade, por fim, resultou na perda da clareira principal.

E quem tomou Aracaju? Nada menos que a astuta Onça Emília, uma caçadora de renome e talento, cujo olhar intimidador era conhecido por afugentar até os mais valentes da selva. Emília havia recebido apoio de um personagem inesperado: o Corvo Edivan, mestre das estratégias de voo e pouso. O Corvo, sempre com um olhar estratégico, fez suas jogadas com precisão, ampliando suas alianças com o Pato Valmir, que, apesar de sua aparente simplicidade, sabia muito bem nadar contra a corrente.

Mas voltemos ao Leão Fábio, que, ao lado do não tão fiel Rato André, viu na derrota de Aracaju um grande susto. “Ora,” disse o Rato, “precisamos de uma estratégia para enfrentar a Onça Emília e seu séquito.” O Leão sabia disso e, em suas reflexões, considerava até mesmo uma improvável aliança com o Corvo Edivan – afinal, na política da floresta, o pragmatismo é quem dita as regras. “Quem sabe o voo do Corvo e o rugido do Leão não podem se unir para dar um susto na floresta?”, pensou.

Enquanto isso, a Cigarra Fabiano, sempre cheia de entusiasmo, começou a cantar alto e claro sobre o evento Pré-Caju. Era sua especialidade! Com sua cantoria, trouxe animais de toda parte da floresta para celebrar, e, por alguns dias, o clima na floresta era de festa e descontração. Ali, em meio aos cantos da Cigarra, o Leão, o Corvo e até o Urso Belivaldo, figura sempre serena, mas respeitada, se viram trocando sorrisos e conversas amigáveis, mesmo que de forma indireta através de outros animais. Todos sabiam que a festa era boa, mas que logo os rugidos, os gritos e os sussurros políticos voltariam à tona.

Do outro lado da floresta, a direita também fortalecia suas asas, e o Gavião Rodrigo, amigo próximo da família Bolsonaro, sobrevoava os territórios com sua companheira, a Gaviã Moana, afiando as garras e os bicos. O Gavião Rodrigo já havia conquistado sua base, e agora, com a Gaviã Moana ao lado, seus voos alcançavam novas alturas. Eles sabiam que o Leão Fábio precisava de uma estratégia para manter sua coroa, e uma aliança entre o Leão, o Corvo, o Pato, o Rato e até os Gaviões começou a ser cogitada – afinal, as eleições de 2026 prometiam ser um verdadeiro safári político.

E, como não poderia faltar, o Sabiá Rogério, defensor das causas nobres da floresta, cantava alto pela volta da Petrobras ao território. “Com mais sementes e frutos para todos!”, gritava ele, ecoando promessas de fartura. No entanto, os animais mais cautelosos olhavam de lado, lembrando que a Petrobras, nos tempos do presidente Lula, o simpático e amistoso Lula da floresta, enfrentava desafios. Mas o Sabiá Rogério era insistente. Mesmo que os mais pragmáticos, como a Formiga Luiz Roberto, dissessem que “fartura” era uma palavra forte demais, o Sabiá continuava a enfeitar seu canto.

E então, lá estava a Coruja Danielle, com sua sabedoria, observando de seu galho mais alto. Ela mantinha distância, mas seus olhos vigilantes não perdiam nada. Sabia que a floresta estava em transformação, mas também sabia que alianças demais poderiam fazer o Leão Fábio perder sua verdadeira força. “É sábio se aliar,” pensava a Coruja, “mas é ainda mais sábio saber onde colocar cada pena.”

Diante de todos esses movimentos, o Camaleão Ricardo, sempre adaptável, mudava suas cores conforme a conveniência. Uma hora estava ao lado do Leão, outra hora próximo da Onça, depois seguia a Cigarra até o Pré-Caju – afinal, na floresta, sobreviver exigia um certo talento para a mudança.

O Leão Fábio sabia que o futuro era incerto, mas, como um bom felino, estava preparado para aprender com cada rasteira. Havia perdido Aracaju, mas, com seu olhar fixo, mantinha a esperança de reconquistar a clareira. “A floresta muda, mas o Leão permanece,” disse ele, estufando o peito. E assim, com o Corvo, o Rato, a Cigarra, a Onça, o Urso e até o Camaleão ao seu redor, ele seguia adiante, sabendo que, em 2026, os ventos trariam mais que folhas ao chão: trariam uma nova disputa, e quem sabe, um novo rugido na floresta de Sergipe.

E, assim, termina esta fábula da Floresta de Sergipe, onde as alianças e os desafios não terminam jamais – e onde cada animal, seja ele o Leão, a Onça ou o Corvo, sabe que, na política, é sempre bom manter um olho fechado e o outro bem, bem aberto.

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