Nunca contribuí com o INSS. Posso me aposentar mesmo assim?

A aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é um tema de ampla discussão no Brasil. Para muitos, a contribuição é essencial para garantir segurança financeira no futuro.

Entretanto, existem exceções para os trabalhadores rurais, que podem se aposentar sem contribuição direta. Além disso, opções como a previdência privada oferecem alternativas ou complementos à aposentadoria pública.

Advogados especializados em direito previdenciário destacam a importância das carências mínimas para aposentadoria. Para se aposentar, é necessário ter contribuído por pelo menos 180 meses. Por outro lado, existe também a aposentadoria por invalidez, que requer incapacidade permanente e, no mínimo, 12 contribuições prévias.

Categorias de trabalhadores têm diferentes obrigações de contribuição ao INSS. Empregados formais, domésticos, autônomos, trabalhadores avulsos e segurados especiais devem contribuir.

Contudo, indivíduos de outros setores podem escolher entre contribuir voluntariamente ou investir em previdência privada.

Regras de contribuição da aposentadoria do INSS

Foto: Shutterstock

As regras para aposentadoria variam conforme a idade ou o tempo de contribuição. Hoje, mulheres podem se aposentar com 62 anos e 15 anos de contribuição, enquanto homens precisam de 65 anos e 20 anos de contribuição. Para quem já contribuía antes da Reforma de 2019, existe uma regra de transição que vigorará até 2031.

Também há a regra dos pontos, que combina idade e tempo de contribuição. Em 2024, mulheres precisarão de 91 pontos e 30 anos de contribuição; homens, de 101 pontos e 35 anos. Esses parâmetros aumentarão anualmente até 2031.

Contribuir para o INSS garante mais do que uma aposentadoria. Além do benefício mensal, que tem um teto de R$ 7.786,02 para 2024, há o direito a auxílio-doença, pensão por morte, salário-maternidade, entre outros.

Para os contribuintes obrigatórios, as contribuições são geralmente descontadas na fonte. Já aqueles que optam por contribuir voluntariamente devem pagar a Guia da Previdência Social (GPS), com alíquota entre 5% e 20%.

INSS sem contribuição? Conheça o BPC

É crucial não confundir BPC com aposentadoria. Este benefício, sancionado pela Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), oferece um salário mínimo mensal a idosos com 65 anos ou mais e a pessoas com deficiência em extrema vulnerabilidade econômica, sem exigir contribuição prévia.

No entanto, ao contrário da aposentadoria, o BPC pode ser descontinuado e é uma assistência social, não um direito previdenciário. Ou seja, mesmo que nunca tenha contribuído com o INSS, pode receber uma quantia no valor de um salário mínimo mensal, mas tendo em mente que o benefício não se trata de uma aposentadoria propriamente dita.

Portanto, entender as nuances entre o BPC e a Previdência Social é essencial para planejar o futuro financeiro, sobretudo nesta fase da vida.

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