Mobly (MBLY3) é nova controladora da Tok&Stok

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Mobly (MBLY3) / Divulgação

A Mobly (MBLY3) concluiu as negociações para aquisição de ações representativas de 61,11% da Estok Comércio e Representações (Tok&Stok), como comunicou a compradora em Fato Relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Portanto, a companhia assume o controle da Tok&Stok a partir deste sábado (9).

“A operação busca fortalecer a presença da companhia no mercado por meio da diversificação e complementaridade do portfólio de produtos e serviços, uma vez que irá combinar a sólida e reconhecida reputação das marcas, atingindo públicos diversos em todos os segmentos de mercado”, justificou a Mobly, no comunicado.

A compra havia sido anunciada em agosto. Para concluir a transação, foi necessária a aprovação de um plano de recuperação da dívida da Tok&Stok.

Mobly (MBLY3) aprova aumento de capital e emissão de debêntures

O Conselho de Administração da Mobly (MBLY3) aprovou o aumento do capital social da companhia, mediante a emissão de, no mínimo, 13.682.205 e, no máximo, 6.520.336 ações ordinárias, ao preço de emissão de R$ 4,08 por nova ação, totalizando, no mínimo, R$ 55,8 milhões e, no máximo, R$ 230,6 milhões, no âmbito da compra do controle da Tok&Stok.

Será atribuído, como vantagem adicional, um bônus de subscrição de emissão da companhia para cada nova ação subscrita e integralizada no âmbito do aumento de capital, sendo certo que cada Bônus de Subscrição conferirá a seu titular o direito de subscrever 0,555556 ação ordinária adicional de emissão da companhia, ao preço de exercício de R$ 9,00 por ação.

A varejista também aprovou a primeira emissão de debêntures, da espécie quirografária, conversíveis em ações ordinárias, em série única, para colocação privada, no valor de R$ 500 milhões.

Tok&Stok: fundadores alegam golpe em acordo de fusão

A família Drubule, fundadora da Tok&Stok, entrou na Justiça contra a empresa controladora da companhia, SPX Carlyle, alegando golpe na condução do acordo de fusão com a Mobly.

Os Dubrule definiram a venda como um “golpe engendrado pela SPX” e apontam “clandestinidade da manobra societária”.

A família também questiona o pedido de recuperação extrajudicial da empresa colocado como condição precedente para a fusão, qualificando-o como “manobra canhestra” da SPX.

Os controladores apontam um suposto conflito de interesse entre bancos credores que aderiram ao processo de recuperação e, ao mesmo tempo, estão atuando como assessores financeiros da Tok&Stok na operação de fusão. Segundo a liminar, os bancos receberam um fee de R$ 20 milhões pela transação, pagos pela SPX.

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