Selic alta e dívidas de empresas do Ibovespa preocupam mercado

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Foto: Canva/Ibovespa

Algumas empresas que compõem o Ibovespa estão tendo que pagar juros e vendo suas dívidas aumentarem cada vez mais. Assim, no cenário de alta da Selic (taxa básica de juros), os investidores devem se preocupar com as companhias mais endividadas?

Os analistas apontam que não há uma resposta concreta. Eles explicam que olhar somente para as cifras milionárias das dívidas não é suficiente. Além disso, destacam que o setor de atuação, o perfil da dívida e o momento do mercado também precisam ser levados em consideração.

As 15 empresas mais endividadas do Ibovespa possuem, juntas, R$ 520,48 bilhões em dívida bruta. Elas foram elencadas conforme a relação Dívida Bruta/Ebitda em levantamento realizado por Einar Rivero, CEO da Elon Ayta Consultoria.

O indicador aponta quantos anos uma companhia levaria para pagar sua dívida líquida em um contexto em que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) se mantivesse constante.

No momento, quem lidera o ranking é a MRV (MRVE3), que precisaria de 21,53 vezes o montante da geração de caixa dos últimos 12 meses para quitar suas dívidas. As informações são do “InfoMoney”.

Juros futuros avançam com revisões para a Selic após RI

Os juros futuros encerraram a sessão de quinta-feira (26) com forte alta, após o mercado reavaliar a trajetória da Selic (taxa básica de juros), em meio aos números do Relatório de Inflação do BC (Banco Central), divulgado nesta manhã.

O Relatório de Inflação trouxe revisões em alta para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no horizonte relevante de política monetária, além de uma inflação ainda em 3,5% no segundo trimestre de 2026, mesmo em um cenário de juros mais altos.

Ao fim do pregão desta quinta-feira, a taxa do contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) com vencimento em janeiro de 2025 registrou queda de 11%, em relação ao ajuste anterior, para 10,99%. Já a taxa do DI de janeiro de 2026 foi de 12,085% para 12,20%; o DI para janeiro de 2027, por sua vez, avançou de 12,11% para 12,245%.

O quadro externo também não auxiliou, com as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano (Treasuries) em alta, após indicadores apontarem para uma atividade econômica e emprego fortes nos EUA. Com isso, de acordo com o “Valor”, o rendimento da T-note de dois anos avançou de 3,557% para 3,637%.

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