Petrobras assina memorando de entendimentos com Staatsolie

A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou a assinatura de um memorando de entendimentos não vinculante (MoU) com a Staatsolie Maatschappij Suriname N.V., com o intuito de explorar oportunidades de cooperação nas áreas de exploração e produção de hidrocarbonetos, captura de carbono, novas fontes de energia e planejamento de resposta a contingências. A Staatsolie é a empresa estatal de petróleo de Suriname, encarregada da exploração, produção e refino de hidrocarbonetos no país.

Em outro ponto de sua agenda, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a companhia irá questionar seus fornecedores sobre os atrasos nas entregas de fábricas no exterior, enquanto as unidades dessas mesmas empresas no Brasil permanecem ociosas. Durante seu discurso de abertura da sétima edição do Prêmio Melhores Fornecedores, no congresso de petróleo e gás ROG.e, ela enfatizou a necessidade de cumprimento de prazos e destacou que a governança e a ética são “pilares essenciais” nas relações com a indústria.

Chambriard ressaltou que a ociosidade das fábricas brasileiras é um problema que precisa ser abordado. “Temos fábricas no exterior lotadas que estão se tornando gargalos, enquanto as mesmas unidades no Brasil estão ociosas. Vamos investigar o que está acontecendo”, afirmou. Ela não fez menção ao conceito de “custo Brasil”, frequentemente associado a dificuldades econômicas que impactam a produtividade no país.

Petrobras (PETR3; PETR4)

Quando questionada pela Reuters sobre a possível relação do “custo Brasil” com a inatividade das fábricas, Chambriard respondeu que isso se deve a uma “intenção passada”, que não reflete a visão atual da empresa. “O governo anterior pretendia vender a Petrobras e torná-la uma pequena produtora de petróleo no pré-sal. Essa não é a nossa visão. Nosso foco é de longo prazo, com expansão de investimentos e atuação no Brasil como uma empresa que explora seus negócios de forma lucrativa”, completou.

No evento, 31 empresas serão premiadas em 34 categorias, incluindo seis para aquelas que se destacaram nas iniciativas de Ambiental, Social e Governança (ASG). Chambriard fez um apelo aos fornecedores presentes, afirmando que desenvolver soluções é importante, mas que elas devem ser entregues pontualmente para não atrasar a produção da Petrobras. “É inconcebível ter fábricas no exterior se tornando gargalos. Vamos rever isso de forma urgente”, destacou.

A presidente da Petrobras, que tomou posse em maio, substituiu Jean Paul Prates em um movimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para acelerar projetos da empresa e reforçar seu papel como impulsionadora de emprego e renda no Brasil. Parte das demandas do governo inclui um aumento nas contratações pela Petrobras de obras realizadas no país, especialmente em estaleiros.

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