Selic: IA calcula aumento de 0,50 p.p. na próxima reunião do Copom

Felipe Uchida, sócio da Equus Capital / Foto: Divulgação

O IEPS (Índice Equus de Precificação da Selic), elaborado semanalmente pela Equus Capital com ajuda de IA (Inteligência Artificial) indicou uma probabilidade de 58,1% para o aumento de 50 pontos-base da Selic (taxa básica de juros).

Essa probabilidade é diferente dos 15,0% precificado pelo mercado no dia anterior à última reunião do Copom, como apontou Felipe Uchida, head do departamento de análises quantitativas e sócio da Equus Capital.

O IEPS utiliza a IA para coletar e analisar dados, permitindo estimar a probabilidade indicada pelo mercado de alteração na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).

O Boletim Focus, elaborado pelo Departamento de Relacionamento com Investidores do Banco Central, divulga semanalmente o resultado de uma pesquisa com 120 instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos, utilizando a mediana dessas estimativas.

No caso da Selic, essa metodologia baseada na mediana dificulta determinar a probabilidade exata atribuída pelo mercado para cada previsão, conforme observado por Uchida.

Esta semana, houve uma redução no número de contratos em aberto no mercado de opções de Copom, passando de 8.487 para 19.989.

“Na última quarta-feira, o Copom destacou um cenário desafiador tanto no ambiente externo, com incertezas sobre a economia dos EUA e a postura do Fed, quanto no interno, com atividade econômica e mercado de trabalho mais dinâmicos que o previsto e inflação acima da meta”, disse Uchida.

“As expectativas de inflação para 2024 e 2025 estão elevadas, e o Comitê vê riscos de alta, como a desancoragem das expectativas e a persistência da inflação de serviços. Diante disso, o IEPS prevê uma probabilidade de 58,1% de alta de 50 pontos-base na próxima reunião do Copom.” prosseguiu com a explicação.  

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Copom, colegiado do BC (Banco Central) e serve como referência para diversas operações financeiras no país.

A Selic influencia diretamente o custo do crédito, os investimentos financeiros, a inflação e o controle da oferta de moeda na economia.

Brasil tem 2º maior juro real do mundo após alta da Selic; veja ranking

Brasil tem o segundo maior juro real do mundo após a alta da taxa básica de juros (Selic), determinada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira (18), indicou o levantamento compilado pelo economista Jason Vieira da consultoria MoneYou.

A Selic foi elevada em 0,25 p.p, para 10,75% ao ano, colocando um fim no ciclo de quedas observado desde agosto de 2023. Com esse aumento, a taxa de juros real brasileira subiu para 7,33%.

O país fica atrás apenas para a Rússia, com juro real de 9,05%. O ranking considera as taxas de 40 países. 

O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.

A Argentina tem o menor juro real entre os países do ranking, com -33,92%, por enfrentar um quadro de inflação e juros altos.

Entre os 40 países, 45% mantiveram a taxa de juros, 2,50% elevaram e 52,50% cortaram. Jason Vieira afirma, em nota, que o movimento global de políticas de aperto monetário perdeu força — e mais países cortaram do que elevaram a taxa.

Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira caiu para a 6ª posição (10,75%). Neste caso, quem compõe o top 3 são: Turquia (50,00%), Argentina (40,00%) e Rússia (19,005).

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