A Justiça concedeu uma liminar de despejo contra a WeWork, atendendo a uma ação movida pelo fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa e os demais coproprietários do edifício Girassol 555. A liminar foi concedida no dia 9 e divulgada nesta terça-feira, 17, pela Rio Bravo.
A empresa de coworking, que ocupa o imóvel na Vila Madalena, está inadimplente do pagamento de 3 aluguéis. A WeWork foi notificada sobre a decisão e tem 15 dias para sanar todas as pendências financeiras. Caso contrário, a ordem de despejo coercitivo será aplicada. O Quinto Andar é um dos inquilinos do prédio.
A reportagem entrou em contato com a WeWork e não obteve resposta até o fechamento da matéria.
A Rio Bravo Investimentos, gestora do fundo, tomou a decisão de ingressar com a ação judicial após diversas tentativas sem evolução de negociação com a WeWork, através do escritório de advocacia Alvarez & Marsal.
“Sempre buscamos os melhores acordos com o objetivo de defender o nosso cotista, e, para isso, nosso time age rápido e de maneira estratégica e contundente quando ocorre qualquer problema que possa impactar os nossos FIIs”. disse Anita Scal, sócia-diretora da Rio Bravo. A executiva destacou que a proposta da WeWork, que incluía redução nos valores do aluguel, não foi aprovada pelo Fundo e pelos demais co-proprietários.
A inadimplência, que abrange os meses de maio, junho e julho de 2024, motivou duas ações judiciais: uma para a cobrança dos aluguéis atrasados e outra de despejo por falta de pagamento. O fundo detém 34,81% do imóvel, que tem uma taxa de ocupação de cerca de 80%.
A equipe de gestão do Fundo, em conjunto com os demais proprietários, afirmou que iniciou conversas com empresas interessadas na locação de imóveis na região e tem mantido conversas com os representantes da WeWork. O Fundo também afirmou que vai manter o mercado informado sobre os próximos passos, tempo estimado de execução e impactos potenciais na distribuição de resultados do Fundo.
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