
O governo federal está considerando acessar reservas de lucros de estatais para melhoria dos resultados fiscais por meio de dividendos extraordinários. A Petrobras (PETR4; PETR3) e o BNDE, apontam que qualquer decisão vai exigir análise técnica e aprovação interna.
Nesta sexta-feira (6), as ações preferenciais da petroleira subiram 0,68%, a R$ 29,56, enquanto as ordinárias avançaram 1,03%, a R$ 31,52.
O Bradesco (BBI) não considera prudente que a Petrobras pague dividendos extraordinários no cenário atual de preços de petróleo. Do mesmo modo, a estatal possui uma reserva mínima de caixa e possibilidades de alavancagem para realizá-lo.
Atualmente, o Bradesco estima uma rentabilidade anual de 11% em dividendos em dinheiro para a companhia, e a cada US$1 bilhão em dividendos extras, essa rentabilidade se eleva em 1,3%.
A Genial Investimentos avalia que a possível distribuição extraordinária pode gerar efeitos ambíguos. De um lado, favorece os acionistas com ganhos no curto prazo, de outro, pode comprometer a capacidade da estatal de investir em projetos estratégicos, com impactos no crescimento sustentável da empresa.
A casa também alerta que a ausência de critérios claros para a liberação dos dividendos pode elevar o risco percebido pelos investidores, principalmente em relação à governança e à previsibilidade da política de remuneração.
A Genial também pontua que a falta de clareza sobre os critérios para a distribuição, pode aumentar a percepção de risco regulatório entre os investidores.
Governo mira petróleo e pode custar caro à Petrobras (PETR4)
O governo federal, lançou uma proposta para arrecadar até R$ 35,25 bilhões junto ao setor de petróleo e gás entre 2025 e 2026.
O movimento gerou reações imediatas no mercado financeiro, já que as medidas envolvem aumento da carga tributária e antecipações de receita.
Essa nova frente de incerteza preocupa investidores e deve pressionar o desempenho das companhias do setor nas próximas semanas.
O pacote deve incluir alterações nas regras da participação especial (SPT), revisão no cálculo do preço de referência do petróleo, leilões de áreas ainda não contratadas e acordos em campos como Jubarte e Sapinhoá.
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