Das mãos que criam à economia que cresce: projetos sociais mudam vidas no vilarejo de São José dos Lopes

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Histórias de projetos sociais em São José dos Lopes, contadas pela Tribuna, começam na Casa do Sol (Foto: Leonardo Costa)

Na estrada que leva a Conceição do Ibitipoca, distrito de Lima Duarte conhecido por suas paisagens naturais, uma placa rústica de madeira colorida indica o caminho para um pequeno vilarejo chamado São José dos Lopes. Com pouco mais de 500 habitantes, conforme o Censo 2022, a vida dos moradores, por muito tempo, girou em torno da agricultura e, para a maioria das mulheres, das tarefas domésticas. Há cerca de sete anos, diferentes projetos sociais buscam impulsionar a área através da economia solidária e do incentivo ao turismo sustentável, mas com uma mesma raiz: a valorização do artesanato mineiro e dos saberes tradicionais da região a partir da inclusão.

Em Minas Gerais, o artesanato é sinônimo de tradição e identidade cultural, com saberes ancestrais transmitidos entre gerações. Além do valor simbólico, os trabalhos manuais representam uma fonte de renda crucial, especialmente em comunidades rurais. Na Zona da Mata mineira, por exemplo, há 890 artesãos cadastrados, segundo dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede), além dos muitos que ainda vivem na informalidade. Em São José dos Lopes, o empreendedorismo floresce a partir de raízes locais. As transformações que aconteceram ali foram quase sem querer, guiadas por iniciativas individuais, mas com propósitos coletivos. Com o tempo, os projetos começaram a tomar forma e se aproximaram de um modelo semelhante ao que chamamos de economia solidária — sistema de produção que valoriza a cooperação e a autogestão. 

Quem segue pela estrada de chão avista a Igreja de São José dos Lopes, uma construção do século XIX tombada pela Prefeitura de Lima Duarte. A vila se organiza ao redor da capela, com casinhas coloridas e cachorros pelas ruas. Nos últimos anos, o cenário econômico e social da comunidade começou a ser redesenhado por projetos de caráter social. A rua principal, chamada de São José Operário, abriga a Casa do Sol, local em que boa parte dessas iniciativas começou a sua história. 

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Linhas de Minas bordam memórias afetivas 

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O Linhas de Minas passou a ser incluído na rota turística da região (Foto: Leonardo Costa)

O primeiro contato de Letícia Nogueira, 61, com São José dos Lopes foi quando ela trabalhava em uma fazenda da região, como professora de yoga e massoterapeuta. Sua história com o artesanato já era antiga, e o que ela foi percebendo, com o contato com os moradores, era que a história da vila com o fazer manual também era. Foi em 2017, então, que passou a ficar por lá de forma mais definitiva, com a própria casa, e resolveu também fazer um projeto que marcasse essa ligação — nesse sentido, a influência de Ana Alice de Oliveira, uma dessas mulheres que ela conheceu nos Lopes, foi essencial. “ Por conta dela, que tinha mãe, avó e madrinha que já bordavam, a gente fez esse projeto. Começamos devagarinho, com o desejo de reunir as mulheres da vila e estarmos juntas. O Linhas de Minas extrapolou o artesanato e, hoje, temos uma associação que apoia várias atividades culturais que desenvolvemos aqui, como o teatro e a música”, diz.

O projeto já tem oito anos e a associação, sete, com a reunião de 25 mulheres que bordam e fazem cestarias com matéria-prima da região. Antes a sede ficava na Casa do Sol, agora o ateliê funciona em uma das construções centenárias da vila, onde antes era uma mercearia. “Quando eu cheguei, muitas mulheres já sabiam bordar. Eu não trouxe nada, eu escutei o que elas já tinham. O bordado já era presente, inclusive as da família da Ana Alice. As fibras também. O que eu quis colocar era a ideia de trazer um olhar para que elas bordassem a beleza que a gente, que é de fora, vê. E que às vezes quem está aqui não percebe como algo de importância”, conta. Ela percebeu que isso ia mexendo muito com as memórias afetivas das pessoas, principalmente no que envolvia as cenas rurais, com características tão marcantes de Minas Gerais. 

A Associação Linhas de Minas, hoje com a presidência de Alice Valda, 36, moradora da vila que trabalhava como agente de saúde, consegue capacitar essas mulheres tanto para um artesanato com essas características quanto para a estruturação de um negócio. “Voltamos a fazer artesanatos que não fazíamos mais. Isso melhorou não só nossa renda, mas também nosso emocional. Sinto muito orgulho”, explica Alice, que também trouxe para o projeto os tios e até a filha. Foi algo que, em sua percepção, colaborou para que as pessoas do entorno passassem a incluir São José dos Lopes na rota turística. “O que mudou na comunidade é mais difícil dizer, mas eu me transformei muito. O que posso dizer é que a gente amadureceu enquanto grupo e enquanto negócio, porque não temos apoio de verba pública, a não ser por editais”, destaca Letícia. A associação, sem fins lucrativos, trabalha para que todo o resto aconteça. 

Um dos pontos decisivos para que o projeto funcione, neste sentido, é o uso do Instagram, em que podem ser feitas encomendas e a compra de produtos. É Alice quem coordena, a partir disso, quais artesãs vão fazer os bordados, considerando as habilidades e gostos de cada uma, além de entender como são feitos os envios. “Nós temos o propósito de remunerar bem as nossas artesãs. Não consigo chegar ao que elas merecem, não mesmo, o artesanato é complicado. Tem peças que duram uma semana para fazer, porque são donas de casa, que bordam entre o almoço e o jantar que fizeram para a família, entre os cuidados com os animais, e eu respeito isso. A produção é pequena”, explica Letícia. Elas, que atualmente contam com 15 mil seguidores, também passaram a ficar mais conhecidas depois que fizeram uma toalha de mesa de cerca de 3m² para um presente de casamento — sem saber que seria destinado a Leandro Karnal, que mais tarde postou a peça e marcou o Instagram, fazendo com que elas também ficassem mais conhecidas. 

Para quem participa do projeto, as memórias criadas pelo bordado não são apenas as do passado, mas também as que foram sendo criadas a partir do momento em que o projeto começou. Célia Reis, 55, foi uma das primeiras a entrar no projeto e a responsável por ensinar o bordado que aprendeu. “Uma foi passando para outra”, diz. Ela sorri com orgulho ao lembrar das primeiras peças de cestaria: “Não sabíamos nada, mas apanhamos a taboa e sentamos juntas, quebramos a cabeça e, no final das contas, deu certo”. As artesãs utilizam, além da taboa, fibra de bananeira, ambas típicas da região. Arlindo José Ávila, mais conhecido como “Seu Arlindo”, é o único homem que trabalha na Linhas de Minas. Ele é responsável por fazer a colheita e começou no projeto para ajudar sua esposa Maria do Carmo, a “Biá”, a fazer as cestas. Depois de colhidas, ele as trata, deixa secar, desfia e faz as tranças para, depois, sua esposa e as outras mulheres costurarem as cestas. 

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Foto: Leonardo Costa

Galpão retrata vida na vila a partir da cerâmica

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Trabalho em cerâmica se inspira no dia a dia da vila e virou exposição (Foto: Leonardo Costa)

Há quatro anos, Adriana Lopes, 58, veio para a vila realizar oficinas de cerâmica, em um ateliê improvisado criado em uma das salas da Casa do Sol. O trabalho com as moradoras no local logo a impressionou: eram, em sua maioria, mulheres que ficavam por conta dos trabalhos do lar ou que trabalhavam em fazendas. E que nunca tinham tido contato com uma atividade artística, mas logo apresentaram interesse por aprender com ela.  “Percebi que elas não se encontravam, não saíam muito de casa. Essa também foi uma maneira delas se entrosarem e compartilharem mais”, relembra. O projeto precisou ser pausado por conta da pandemia de Covid-19, mas logo que a situação foi se normalizando, ela resolveu trazer o trabalho que já desempenhava em Juiz de Fora para a vila, montando uma extensão do seu ateliê por lá, chamado de Galpão.

Essa vontade partiu de algo que foi também muito importante em sua própria trajetória como artesã.  “Eu vinha para Ibitipoca desde criança com meus pais. Todas as casas tinham tear, tenho até hoje colchas maravilhosas feita lá. Mas, com o turismo, ficou mais viável alugar um quarto e preparar uma refeição. Esse fazer não foi sendo passado de geração em geração, morreu. (…) O meu sonho era tentar desenvolver algo que fosse só daqui de novo. Fruto da criatividade delas, com identidade mesmo”, conta. A oportunidade de fazer isso em uma vila ao lado se mostrou igualmente interessante: apesar da vila não ter o que ela define como “apelo” de Ibitipoca, por conta do parque e das cachoeiras, as pessoas começaram a ir para os Lopes justamente por conta de iniciativas de artesanato como essas. “É muito gratificante porque todo mundo se une em um projeto em comum, que é valorizar essa vila e as pessoas que vivem aqui”, conta.

Mas o que ela não imaginava, na época, é que também o trabalho realizado por ela se transformaria com essa experiência. Já acostumada a fazer peças artísticas, para além dos utilitários típicos da cerâmica, as duas mulheres que continuaram trabalhando de forma fixa com ela começaram a falar em produzir bonecos. Nesse momento, o trabalho foi fluindo ainda melhor: “Começaram a aparecer os bichos dos Lopes, os personagens dos Lopes, as casinhas dos Lopes, a vila toda mesmo. Tudo que elas fazem é em cima da vivência e da história delas aqui”, conta. E, com isso, o ateliê também foi intensificando seus trabalhos abertos para a comunidade, tanto em oficinas para as escolas da região quanto com a sua conexão com o projeto Club Up. Agora também cresce em espaço para comportar mais projetos.

A iniciativa das peças características começou por ideia de Miriam Rezende, uma das mulheres que atualmente trabalham junto com Adriana, e já gerou exposições feitas em Juiz de Fora e no Recife. “Eu não fazia os bonecos pensando em ninguém, mas quando ia ficando pronto, a gente ia vendo que parecia. E aí começamos a criar”, conta. Aos 44 anos, ela trabalhava em uma fazenda da região antes de começar no ateliê. “Aqui é difícil arrumar emprego. Estava parada, pensando o que ia fazer com meu tempo. Quando ela veio com o projeto, vi que podia tentar. (…) Nunca imaginei que ia ter essa habilidade para fazer as coisas aqui. Acho que virei artista, né?”, diz. 

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Foto: Leonardo Costa

Coletivo audiovisual para ‘desvendar’ histórias da Serra Grande

O projeto Ponto de Memória e de Cultura Vozes da Serra Grande começou em 2019 justamente em diálogo com essas outras iniciativas. A cineasta Celine Billard, junto com a historiadora Danielle Arruda e o músico e produtor cultural Fred Fonseca, também receberam a demanda da comunidade de pensar formas de valorizar o patrimônio imaterial e as memórias da comunidade da Serra Grande — que atualmente é conhecida como Serra do Ibitipoca, e que inclui vários outros distritos, como é o caso de São José dos Lopes. Eles então passaram a trabalhar na preservação e difusão da cultura local, capacitando a comunidade em relação à produção audiovisual. A ideia, como conta Celine, era justamente promover uma autonomia do olhar dos moradores. “Quando fundamos esse coletivo, sentimos que tinha muitas memórias da região da Serra de Ibitipoca que estavam sendo esquecidas. Lá, tem muito turismo ligado ao parque, então também está acontecendo um processo de gentrificação, enquanto a parte histórica ligada à serra, dos saberes e fazeres rurais, está sendo esquecida. Foi uma forma de resgatar e valorizar essas histórias locais”, explica ela. 

Foi assim que organizaram os projetos “Desvendando a Serra Grande”, que fazia  introdução ao documentário e capacitava jovens na produção audiovisual. No total, foram 50 jovens de distritos rurais São José dos Lopes, Laranjeiras, Conceição de Ibitipoca e Rancharia, resultando na produção de sete curtas-metragens documentais, que depois foram exibidos nos próprios distritos. Parte deles, depois, foram selecionados e premiados em festivais, e podem continuar sendo assistidos no canal do YouTube Vozes da Serra Grande. “As pessoas são protagonistas. Nós não chegamos para inventar um projeto. É uma demanda das pessoas de lá, são eles que fazem os roteiros, a produção, todas as escolhas. A comunidade se fortalece junta”, destaca Celine.

Já no “Corredor do Tear”, foi feita uma formação em tecelagem manual para mulheres, promovendo um retorno a esse saber e o fortalecimento da economia criativa, em parceria com o Linhas de Minas. No total, foram capacitadas 36 mulheres e jovens nas áreas de tecelagem, patrimônio cultural e memória.  Em paralelo, o coletivo conseguiu reformar um tear centenário e doar para a associação Linhas de Minas em um encontro com as antigas tecelãs, conhecidas como dona Raimunda, Vivida e Aparecida. O documentário produzido pelo coletivo “Tecer histórias” (Festival “Eu mais velha”) conta a história da tecelagem na região. 

As oficinas foram ministradas pela tecelã Érika Senra, 58, que aprendeu a técnica do tear mineiro 38 anos atrás, na região, em Conceição do Ibitipoca, com a dona Vivida. “Foi um projeto muito legal, gratuito, em que tive a oportunidade de devolver esse saber tradicional que recebi dela e trabalhei por tantos anos.” Na década de 1980, era comum os poucos visitantes de Ibitipoca verem o enorme material de madeira sendo manuseado pelas mulheres da vila. Hoje, dona Vivida, 84, não tece mais por conta da idade, somente Raimunda ainda mantém a prática, e Érika se preocupa que essa técnica se perca na serra. “Eu tenho essa missão de ensinar para não deixar morrer essa tradição. É um processo de resgate, que vai incorporando esses saberes e criando trabalhos cheios de identidade.” 

Foi, ainda, realizado o projeto “Carta Sonora – Oficina de Podcasts”, com capacitação de jovens e adultos na linguagem radiofônica e no registro da memória oral.  Ao final, foram formados os dois podcasts “Lopes sei lá o quê” e “Culinária de Lima Duarte”. “A mistura de idades é muito interessante, é uma interação ótima. O foco das nossas oficinas são as memórias do lugar, o patrimônio. É interessante como eles falam sobre suas próprias vidas, o que têm de histórias e memórias atuais ou mais antigas”, conta Celine. Todas essas ações, como ela explica, são feitas com financiamento próprio, mas também a partir do apoio de editais (parte dos projetos citados contaram com o financiamento da Lei Aldir Blanc)  e com parcerias institucionais.

Onde a inclusão e a comunidade se encontram para construir o futuro 

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Club Up funciona com várias frentes e pretende continuar trazendo mudanças para SJL (Foto: Leonardo Costa)

Além das iniciativas de artesanato, a Casa do Sol abriga um espaço gastronômico,  o “Café com broa”, salas de estudo (onde acontece o reforço escolar das crianças da comunidade), biblioteca e um galpão usado para aulas de dança e apresentações teatrais. Há pouco mais de um ano, essa estrutura ganhou um novo foco, quando Jamily Fazza, 52, e seu esposo, Francisco Altomar Neto, 62, assumiram a administração do local. Junto com os projetos culturais que já estavam em andamento antes da chegada do casal, a Casa do Sol se tornou uma extensão do Club Up, Organização não Governamental (ONG) com o propósito de promover inclusão e desenvolvimento de pessoas com necessidades específicas. 

Em Juiz de Fora, a ONG atende 53 famílias que buscam o desenvolvimento de seus filhos por meio de terapias e atividades culturais e sociais inclusivas. A maioria são pessoas com deficiência intelectual. “Eu sou mãe do Francisco, um menino de 12 anos que tem síndrome de Down, e, a partir da chegada dele na nossa vida, surgiu a vontade de ajudar outras famílias”, conta Jamily. Três anos depois do início do projeto, o espaço nos Lopes surgiu como uma oportunidade para estimular a autonomia desses jovens e adultos com síndrome de Down e autismo. “A vila era perfeita para acolher nosso projeto.” 

Um fim de semana por mês, a casa recebe oito jovens, sem suas famílias, para aprender sobre a vida adulta, como se autogerir, cozinhar, cuidar da casa e dos pertences pessoais. “Para muitos desses jovens foi a primeira vez que viajaram sem a família. O objetivo é que eles tenham uma vida plena, autônoma, e voltem para a família com mais independência. Nós estamos desenvolvendo a vida adulta deles e ajudando também a pensar na vida profissional através de capacitações. É ir plantando sementes de que eles têm potencial.”  

Desses oito jovens, três já estão sendo encaminhados para o mercado de trabalho. Jamily diz que o objetivo é expandir para jovens da região, e alguns moradores de Lima Duarte e uma de São José dos Lopes, que tem síndrome de Down, já participaram das atividades. “O nosso objetivo é que a comunidade possa acolher os meninos, que eles convivam, então a comunidade tem que estar junto com o nosso projeto para funcionar plenamente. Hoje, eles (a comunidade) são o nosso maior parceiro, fazem roda de viola para eles interagem”, comenta Jamily. Dessa maneira, o Clube Up também oferece atividades para a comunidade, como teatro, aula de violão, capoeira, reforço escolar para crianças e alfabetização para adultos. 

Com o objetivo de financiar o projeto social a partir do turismo sustentável, o casal está trabalhando na construção de uma fazenda com hospedagem, restaurante e trilhas, que deve ser inaugurada em 2026, e gerar emprego para os moradores do distrito. “Nós vemos a comunidade crescendo, eles pensando em projetos também. Estamos proporcionando aos moradores do Lopes a oportunidade de permanecer aqui. E tem sido muito bom para a minha família também, meu filho tem a liberdade de andar pelo distrito, ir na padaria, coisas que em uma cidade maior como Juiz de Fora iam demorar mais.” 

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