A Marisa registrou lucro líquido de R$ 2,264 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo o prejuízo de R$ 148,3 milhões apurado em igual período do ano anterior.
Segundo o presidente da companhia, Edson Garcia, a Marisa colhe frutos do plano estratégico iniciado no segundo semestre do ano passado. “Estamos resgatando o nosso DNA ao focar na mulher da classe C e, ao mesmo tempo, melhorando a eficiência operacional”, afirmou, em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).
A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 297,9 milhões entre janeiro e março, alta anual de 17,7%. Com isso, o Ebitda somou R$ 86,4 milhões e reverteu resultado negativo de R$ 29,6 milhões visto um ano antes.
Segundo o executivo, parte do plano estratégico passa pela criação de uma árvore mercadológica, identificando mais de 850 subcategorias. “Quando você desce no detalhe das subcategorias, a empresa começa a ter uma assertividade de coleção, qualidade de sortimento, variedade na loja e, com isso, menos ruptura”, disse Garcia. Neste caso, a ruptura é a falta de um produto na loja no momento em que o cliente quer comprá-lo.
Somado a essa identificação das categorias, neste primeiro trimestre, a Marisa agregou ferramentas tecnológicas para fazer previsão de demanda e regionalização do sortimento. Com isso, o CEO acredita que deve aumentar a rentabilidade, melhorar o nível de serviço, de venda e de margem. “Acertando a coleção, nós precisamos fazer menos remarcação”, afirmou.
A empresa também ressaltou a melhora na margem bruta, que atingiu 51,1%, avanço de 5,3 pontos porcentuais em relação ao primeiro trimestre de 2024.
Outro destaque foi a redução de 3,8% nas despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A), mesmo com a expansão da receita. A relação SG&A sobre a receita líquida caiu de 59,6% para 48,7%.
A companhia encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 110,3 milhões, aumento de 271,3% frente ao último trimestre de 2024. De acordo com a empresa, o movimento está alinhado ao perfil sazonal do setor, já que o primeiro trimestre é historicamente o de menor geração de caixa, em comparação com o último trimestre do ano.
Por outro lado, ao final de março de 2025, a alavancagem dos últimos 12 meses situou-se em 0,5 vez. “Estamos em um patamar confortável de alavancagem”, disse o CEO. Ao final de 2024, a alavancagem era 0,2 vez.
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