
O banco JP Morgan observou uma mudança nos investidores do varejo , segundo nota emitida pela instituição nesta quinta-feira (15) o movimento de aportes do setor pode estar perdendo fôlego após uma forte sequência de altas. A instituição alerta que a perda de impulso por parte do mercado pode limitar a valorização adicional das ações no contexto norte-americano.
“Após dois meses fortes, o impulso do varejo parece ter desacelerado em maio”, escreveram os analistas do JP Morgan, referindo-se ao fluxo de capital para ações, incluindo ETFs alavancados e inversos. As informações são do portal Investing.
Apesar do esfriamento, especialistas indicam que não é um fenômeno isolado. Outras fontes de demanda por ações também estão diminuindo. O JP Morgan destaca que o movimento dificulta investidores dos EUA, que estão sempre em busca de alternativas para se proteger da exposição cambial. “Aumentar os índices de hedge do dólar não é simples”, explicam.
A empresa também afirmou que o entusiasmo pelo chamado “trade de desvalorização”, que inclui ouro e bitcoin, atingiu um platô. “Depois de subir acentuadamente no quarto trimestre de 2024, o trade de desvalorização como um todo estagnou este ano e se transformou mais em um jogo de soma zero entre ouro e bitcoin.”
“Uma desaceleração do impulso do varejo, exposições mais elevadas a ações por fundos de hedge focados em renda variável, cobertura de posições vendidas praticamente concluída por fundos de hedge macro e a contínua falta de compras por investidores estrangeiros, tudo isso implica em um potencial de alta mais limitado para as ações americanas daqui para frente”, alertou a companhia.
Varejo nos EUA cresce 0,1% e alimenta incerteza no mercado
As vendas no varejo dos EUA registraram um crescimento modesto de 0,1% em abril, superando a previsão de estabilidade (0%), mas bem abaixo do aumento de 1,4% observado em março, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Comércio do país na manhã desta quinta-feira (15).
Houve, no entanto, uma revisão de alta nos números de março, cuja alta das vendas passou de 1,4% para 1,7%.
O dado core, que exclui os automóveis, também teve alta de 0,1%, contrariando a expectativa de um avanço de 0,3% e desacelerando em relação ao crescimento de 0,5% registrado no mês anterior.
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