
A Petrobras (PETR4) anunciou uma série de medidas para enfrentar o cenário de preços mais baixos do petróleo, mantendo o foco na reposição de reservas e no aumento da produção em campos de águas profundas. A CEO (presidente-executiva) da companhia, Magda Chambriard, afirmou que é hora de “apertar os cintos” diante do ambiente desafiador nesta terça-feira (13).
Durante uma teleconferência com analistas, Chambriard destacou que a estatal brasileira está priorizando projetos que aumentem o fluxo de caixa no curto prazo e reduzam os custos operacionais. Entre as iniciativas mencionadas, está a simplificação e revisão de projetos de engenharia, como a revitalização do campo de Albacora, na Bacia de Campos.
A executiva também destacou descobertas recentes, como no bloco de Aram, na região do pré-sal, onde a empresa considera antecipar o início da produção. Além disso, a Petrobras aguarda autorização para perfurar seu primeiro poço na bacia da Foz do Amazonas, uma área offshore próxima à rica região petrolífera da Guiana.
Estratégias da Petrobras para enfrentar desafios econômicos
O diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, reforçou que, apesar do cenário desafiador, a empresa manterá seu investimento previsto de US$ 18,5 bilhões para 2025. Ele afirmou que a prioridade será cortar custos antes de considerar a redução de investimentos, com foco na mitigação de pressões inflacionárias e na otimização de operações em andamento.
As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) registraram alta após o anúncio das medidas de austeridade, refletindo a confiança do mercado na capacidade da empresa de se adaptar ao novo cenário econômico e manter sua rentabilidade.
Petrobras (PETR4) sobe lucro em 48,6% no 1º tri e alcança R$ 35,2 bi
A Petrobras (PETR4) teve lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um avanço de 48,6% ante lucro de R$23,7 bilhões do mesmo período de 2024. A companhia divulgou seu balanço na noite de segunda-feira (12) e deveu o bom resultado a maior produção de petróleo no período e uma taxa de câmbio mais favorável à comercialização.
O lucro ajustado para os três primeiros meses do ano foi de R$ 61,1 bilhões, um pouco abaixo das expectativas dos analistas da Bloomberg, que previam um consenso de R$ 62,2 bilhões. A companhia também divulgou que seu conselho administrativo aprovou pagamento de US$ 11,72 bilhões em dividendos. A gigante do setor de petróleo vem aprovando dividendos robustos e surpreendeu investidores que temiam o aumento de capital nas despesas.
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