A companhia elétrica paranaense Copel (CPLE6) aprovou, na última sexta-feira (9), uma estrutura de capital otimizada e uma nova política de dividendos. A mudança trará mais transparência e previsibilidade, com frequência mínima de pagamentos duas vezes ao ano. Às 15h34 (horário de Brasília) desta segunda-feira (12), as ações da empresa caíam 4,08%, cotadas a R$ 11,74, após avanço de 3,20% no último pregão.
Apesar de amplamente antecipada pelo mercado, o Morgan Stanley (MSBR34) destacou que a nova política de dividendos da Copel tem se mostrado um catalisador essencial para o caso de investimento.
“A iniciativa não apenas reforça a visibilidade da remuneração aos acionistas, como também mantém espaço para a alocação eficiente de capital em oportunidades de crescimento de longo prazo”, avaliou a casa, de acordo com o InfoMoney. “Como resultado, o dividend yield (dividendo sobre o preço da ação) projetado para a CPLE no médio prazo se destaca como o mais elevado entre seus pares.”
Dívida da Copel (CPLE6) ficou em R$ 12,9 bi no 1T25
No primeiro trimestre de 2025, a dívida líquida da companhia somou R$ 12,9 bilhões, o equivalente a 2,3 vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado — abaixo das 2,6 vezes registradas no mesmo período de 2024.
Considerando um cenário em que a alavancagem recorrente se estabilize em torno de 2,8 vezes dívida líquida/Ebitda, o dividend yield médio estimado para 2025 e 2026 é de cerca de 12% ao ano. Isso coloca a empresa na liderança em termos de retorno ao acionista dentro do universo de cobertura do Morgan Stanley.
Adicionalmente, a forte geração de caixa no curto prazo — sustentada por um portfólio de geração majoritariamente contratado até 2027, bem como pela revisão tarifária da distribuidora prevista para junho de 2026 — levou o banco a destacar a possibilidade de dividendos extraordinários.
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