
Em um movimento que sinaliza uma possível distensão nas relações comerciais entre Washington e Pequim, EUA e China concordaram em aplicar cortes expressivos nas tarifas recíprocas, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (12).
A medida representa uma pausa estratégica nas hostilidades econômicas entre as duas maiores potências globais.
O acordo prevê uma redução substancial das alíquotas aplicadas por ambos os lados. As tarifas chinesas sobre produtos norte-americanos, que estavam em 125%, serão reduzidas drasticamente para 10%.
O mesmo se aplica às taxas cobradas pelos EUA sobre importações chinesas, que também cairão de 125% para 10%. A mudança representa uma diminuição de mais de 115 pontos percentuais em cada direção.
Apesar da trégua geral, Pequim seguirá enfrentando uma tarifa adicional de 20% imposta por Washington especificamente sobre produtos ligados ao fentanil — um potente opioide sintético que tem sido foco de preocupação nos EUA.
O gesto é visto por analistas como um importante passo para restaurar a confiança entre os dois países, após meses de impasses comerciais que afetaram cadeias produtivas globais e contribuíram para a volatilidade nos mercados internacionais.
EUA e China dão passo rumo à trégua comercial
Um novo capítulo nas relações econômicas entre EUA e China começou a ser escrito após um fim de semana de tratativas intensas em território neutro.
Delegações dos dois países se reuniram na Suíça e chegaram a um entendimento que pode marcar o início de um período de alívio nas disputas tarifárias que vinham pressionando o comércio global.
As conversas, descritas como produtivas por ambas as partes, resultaram em um acordo para reduzir substancialmente as tarifas recíprocas aplicadas sobre produtos importados.
A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (12) e recebeu atenção imediata dos mercados, que interpretaram o gesto como um sinal positivo de descompressão nas tensões comerciais.
O encontro em solo suíço teve papel central no avanço diplomático, reforçando a importância de negociações presenciais em momentos de impasse.
A redução tarifária acordada será válida por 90 dias e deve oferecer uma janela para que as nações aprofundem os esforços por um pacto mais duradouro.
China e EUA retomam diálogo e criam canal de negociação
A disputa comercial entre China e EUA ganhou contornos mais severos no último mês, quando o presidente Donald Trump elevou para 145% as tarifas sobre produtos chineses, provocando uma reação imediata de Pequim, que respondeu com a imposição de tarifas de 125% sobre diversos itens de origem americana.
O clima de tensão, no entanto, começou a dar sinais de distensão após um encontro entre representantes dos dois países realizado neste fim de semana às margens do Lago Genebra, na Suíça.
O diálogo resultou em um acordo para o estabelecimento de um canal contínuo de negociações bilaterais.
Segundo comunicado conjunto divulgado nesta segunda-feira (12), o novo mecanismo de diálogo prevê que as conversas sejam mantidas de forma recorrente, podendo ocorrer “alternadamente na China e nos EUA, ou em um terceiro país, mediante acordo entre as partes”.
Durante entrevista coletiva concedida após as reuniões, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, celebrou o ambiente do encontro e destacou o progresso feito: “Tivemos conversas muito produtivas e acredito que o local, aqui no Lago Genebra, acrescentou grande equanimidade ao que foi um processo muito positivo”.
O entendimento surge como um sinal de que, apesar da recente escalada nas tarifas, Washington e Pequim estão dispostos a manter canais abertos para buscar soluções diplomáticas e tentar conter os impactos econômicos mais amplos da guerra comercial em curso.
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