
Um estudo conjunto da OpenAI e do Massachusetts Institute of Technology (MIT) aponta para um efeito colateral inesperado do uso constante do ChatGPT: a solidão.
Ao longo da investigação, foram analisadas milhões de interações, que destacaram uma preocupante correlação entre o uso intensivo do chatbot e o aumento do sentimento de isolamento social.
A pesquisa, divulgada pelo Business Insider, entrevistou cerca de 4 mil usuários e revelou que os benefícios iniciais do ChatGPT tendem a desaparecer entre os usuários mais frequentes.
ChatGPT parece ser mais um fator negativo para a saúde mental – Imagem: Airam Dato-on/Pexels
Desde seu lançamento, em 2022, o chatbot atraiu 400 milhões de usuários ativos semanalmente ao redor do mundo, mas sua utilização excessiva parece trazer efeitos sociais adversos.
Especialistas compararam tais impactos aos das redes sociais, em que a substituição de interações presenciais por virtuais costuma intensificar sentimentos de solidão.
O estudo sugere que, embora o ChatGPT consiga oferecer alívio momentâneo, seu uso contínuo pode agravar os problemas emocionais.
Quais os benefícios e desafios ao usar o ChatGPT?
O ChatGPT, ao ser utilizado inicialmente, ajuda a aliviar a solidão. No entanto, conforme identificado no estudo, o alívio não se mantém entre as pessoas que interagem frequentemente com a plataforma, denominadas “usuários avançados”.
As análises de interações textuais e de áudio revelaram padrões emocionais complexos, inclusive sinais de dependência emocional.
Outro aspecto examinado foi a forma como o tom das respostas do ChatGPT impacta esses indivíduos. Tons mais neutros e objetivos levaram a um aumento da sensação de solidão, enquanto respostas mais envolventes ajudaram a atenuar sentimentos negativos.
A atualização para o modelo GPT-4.5 promete mais empatia, porém, ainda carece de estudos conclusivos sobre seus efeitos emocionais.
Implicações futuras e a necessidade de moderação
Kate Devlin, do King’s College London, em entrevista ao Business Insider, ressalta a complexidade de medir os impactos emocionais das IAs, por serem muito recentes.
A pesquisa da OpenAI sublinha também a importância de moderar o uso de assistentes virtuais, alertando sobre os riscos de dependência e solidão.
Futuras investigações devem focar em como modelos mais avançados conseguem equilibrar produtividade com o bem-estar emocional dos usuários.
* Com informações do portal Fast Company Brasil.
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