
O Tupynambás pode não disputar a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, a popular “Terceirinha”, prevista para começar no final de agosto. A informação é do presidente do clube, Cláudio Dias, que alega não receber o repasse previsto na Lei 13.842/2019. A norma determina que os clubes da cidade participantes da competição tenham direito a R$ 10 mil mensais da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), desde que apresentem certidão negativa de débitos e mantenham uma categoria de base ativa.
“O Baeta não recebe a verba de Prefeitura desde 2019. Um dos requisitos para conseguir é ter categoria de base. Em 2020, tivemos que interrompê-la por conta da pandemia, e ficamos sem o recurso. Depois, em 2022, 2023 e 2024, mesmo com a base em funcionamento, seguimos sem receber. Este ano, se não tivermos esse aporte, não disputaremos a Terceirinha”, afirma Cláudio em entrevista exclusiva à Tribuna.
- LEIA TAMBÉM: Sport anuncia retorno ao Campeonato Mineiro de base após 12 anos
Segundo o presidente, a legislação passou por reformulações até chegar à versão atual, de 2019, mas o valor continua o mesmo desde 2005. “Também solicitamos o reajuste do repasse. Prestamos contas corretamente e entregamos a certidão negativa de débito exigida. Futebol se faz com recursos, e sem eles, fica difícil”, completa.
Questionada pela Tribuna sobre a entrega da verba, a Prefeitura de Juiz de Fora informou, por meio de nota, que “realiza regularmente o repasse a todos os clubes de futebol profissional da cidade, desde que os mesmos apresentem a comprovação da regularidade fiscal e outras condicionantes determinadas na Lei 13842 / 2019. Segundo levantamento da Secretaria de Esportes, o Tupynambás não apresentou a referida documentação”.

Tupynambás aguarda dinheiro de venda da sede social
Em agosto de 2022, o Tupynambás oficializou a venda da maior parte de sua antiga sede, localizada no Bairro Poço Rico, Zona Sudeste de Juiz de Fora. O espaço, onde hoje funciona um supermercado, tinha, aproximadamente, 13.800 metros quadrados e incluía o parque aquático, o campo do Estádio José Paiz Soares, o ginásio poliesportivo, além das áreas de musculação e fisioterapia. O valor da negociação não foi revelado.
Com parte dos recursos da venda, o clube adquiriu um terreno de 726 mil metros quadrados às margens da BR-040, próximo à Barreira do Triunfo, na Zona Norte da cidade. A ideia era construir um centro de treinamento (CT) moderno, com previsão de funcionamento já em 2023, conforme noticiado pela Tribuna. No entanto, a obra está paralisada, sem data prevista para ser finalizada.
Segundo o presidente Cláudio Dias, o principal entrave é o não recebimento da outra parte do valor da venda da antiga sede. “Estamos esperando o recebimento desse dinheiro. Por isso, temos dificuldade para ter um local de treinamento. A Prefeitura só libera o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio uma vez por semana, mesmo ele estando sem uso na maior parte do tempo”.
Dessa forma, o clube deve definir, nos próximos meses, se participará ou não da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Conforme Dias, a decisão depende de fatores financeiros e estruturais.
- LEIA MAIS notícias sobre Esporte aqui
O post Tupynambás pode não disputar o Campeonato Mineiro apareceu primeiro em Tribuna de Minas.