
Os juros futuros subiram em ritmo forte no pregão desta segunda-feira (5), novamente pressionados por dados mais fortes que o esperado da economia dos EUA, na sessão seguinte à surpresa com os números de abril do payroll (o relatório oficial do mercado de trabalho americano).
Além disso, o mercado realizou ajustes antes da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que ocorre na quarta-feira (7), dia em que o Fed (Federal Reserve), banco central dos EUA, também decide os juros.
Ao fim do pregão, a taxa do contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) com vencimento em janeiro de 2026 reportou alta de 14,685% para 14,725%; a do DI de janeiro de 2027 avançou de 13,96% para 14,05%; a do DI de janeiro de 2029 cresceu de 13,59% para 13,69%; e a do DI de janeiro de 2031 aumentou de 13,805% para 13,87%, como apontou o Valor.
Nos EUA, os Treasuries (taxas dos títulos do Tesouro norte-americano) também avançaram. O rendimento da T-note de dez anos subiu de 4,314% para 4,353%.
BCE: vice-presidente mostra otimismo sobre corte de juros
O vice-presidente do BCE (Banco Central Europeu), Luis de Guindos, afirmou que há motivos para otimismo quanto à continuidade da atual fase de cortes de juros. A declaração foi feita durante uma entrevista que será publicada na edição de sábado do jornal austríaco Die Presse.
O BCE cortou as taxas de juros pela sétima vez em um ano, em abril, e alertou que o crescimento econômico pode ser impactado pelas tarifas dos EUA — o que reforça as apostas em mais flexibilizações nos próximos meses.
“Depende de como a inflação evolui. Mas podemos ser otimistas aqui”, disse de Guindos, segundo o Investing. A fala foi uma resposta a um questionamento sobre quanto tempo o ciclo de cortes nas taxas de juros deve durar.
“De acordo com nossas últimas previsões, a inflação estará muito próxima da nossa meta de 2% a partir do final do ano”, acrescentou o vice-presidente.
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