
O Senado dos EUA votou nesta quarta-feira (30), por uma margem apertada, contra um projeto de lei bipartidário que visava conter as tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump. A rejeição ocorre em meio à crescente incerteza sobre os impactos econômicos dessas medidas.
A votação terminou empatada em 49 a 49, insuficiente para aprovar o projeto que buscava encerrar a emergência nacional declarada por Trump no início de 2025. O presidente utilizou a medida como base legal para impor tarifas universais de 10% sobre todas as importações, além de tarifas recíprocas contra os principais parceiros comerciais dos EUA.
Embora o projeto tenha sido amplamente patrocinado por democratas, três republicanos também votaram a favor. A proposta foi apresentada pelo senador democrata Ron Wyden, do Oregon, e pelo senador republicano Rand Paul, do Kentucky, como informou o Investing.
No entanto, a votação foi considerada amplamente simbólica. Os republicanos da Câmara dos Representantes já haviam aprovado uma regra, no início de abril, bloqueando a votação da resolução na Casa. Além disso, Trump havia ameaçado vetar qualquer medida que tentasse barrar suas tarifas, caso o projeto chegasse ao seu gabinete.
A rejeição ocorreu poucas horas após a divulgação dos dados do PIB (Produto Interno Bruto), que mostraram uma desaceleração de 0,3% na economia dos EUA no primeiro trimestre de 2025. A maior incerteza sobre as políticas comerciais de Trump contribuiu para uma forte redução nos gastos dos consumidores.
Grãos dos EUA ‘são facilmente substituíveis’, diz China
O vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Zhao Chenxin, afirmou na segunda-feira (28) que os grãos produzidos pelos EUA — como soja, milho e sorgo — “podem ser facilmente substituídos”. As informações foram apuradas pela Bloomberg.
“Mesmo sem as compras dos EUA, não haverá muito impacto no fornecimento de cereais à China”, complementou Chenxin.
A declaração ocorre em meio à guerra comercial iniciada neste mês pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que impôs tarifas de importação a diversos parceiros comerciais. No caso da China, as taxas chegam a até 245%.
Como resposta, Pequim taxou em 125% as importações norte-americanas.
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