
A dívida pública federal (DPF) registrou um crescimento de 0,22% em março na comparação com fevereiro, chegando a R$ 7,51 trilhões em março. Em valores, foi um aumento foi de R$ 16,3 bilhões.
Os dados constam no Relatório Mensal da Dívida Pública divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Tesouro Nacional. Na comparação anual, houve um avanço de 13,1% no período, visto que em março de 2024, a dívida pública estava em R$ 6,6 trilhões.
Paralelamente, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) também teve o estoque ampliado em 0,29% em março deste ano, subindo de R$ 7,177 trilhões para R$ 7,198 trilhões, uma variação de 0,29%.
O Tesouro Nacional informou que a variação de 0,29% se deu devido à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 74,09 bilhões, neutralizado em parte pelo seu resgate líquido, no valor de R$ 52,99 bilhões.
Já o estoque apurado da dívida pública federal externa (DPFe) teve uma variação negativa de 1,53%, fechando o mês de março a R$ 309,54 bilhões. Desse total, R$ 256,52 bilhões são referentes à dívida mobiliária e R$ 53,03 bilhões são relativos à dívida contratual.
FMI: dívida pública do Brasil será 92% do PIB em 2025
O FMI (Fundo Monetário Internacional) está pessimista com a situação fiscal do Brasil. Segundo o órgão internacional, o peso da dívida pública no PIB (Produto Interno Bruto) deve aumentar de 87,3% em 2024 para 92% em 2025. Os dados são do relatório Monitor Fiscal publicado nesta quarta-feira (23).
Quando avaliado a totalidade dos 4 anos de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o fundo enxerga piora em mais de 12 p.p (pontos percentuais). A estimativa cresceu desde a última avaliação do órgão em outubro de 2024.
O atual ritmo destaca um salto no fim da presidência do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022, quando a dívida acusava 83,9% para 96% no encerramento de 2026, último ano do terceiro mandato de Lula. Trata-se do mais elevado nível de endividamento do país desde 2020.
O FMI não vê reversão nessa trajetória e se nada for feito para o controle, as contas públicas brasileiras devem pesar ainda mais na produção, chegando a 99,4% em 2029. O ano seguinte, 2030, provisiona estabilização do índice, levando a uma nova rodada de análises.
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