‘Thunderbolts*’: Sebastian Stan e Wyatt Russell querem surpreender os pessimistas com novo filme

Em entrevista exclusiva ao The Hollywood Reporter, os atores Sebastian Stan e Wyatt Russell falaram sobre os elementos inesperados de ‘Thunderbolts*’, novo filme da Marvel com estreia marcada para 2 de maio. A dupla deixou claro que o projeto tem como objetivo ir além das expectativas — especialmente as dos mais céticos — e trazer uma abordagem inédita dentro de seu universo cinematográfico.

A trama retoma o arco de Bucky Barnes, agora eleito como o congressista Barnes, personagem que apareceu brevemente em ‘Capitão América: Admirável Mundo Novo‘. Sebastian Stan comparou o papel ao de um atleta aposentado convocado por seu antigo time para atuar como embaixador — alguém cuja simples presença agrada aos fãs, mesmo que não interfira diretamente na ação. No entanto, a nostalgia dura pouco, como revela uma cena em que Bucky emula Arnold Schwarzenegger em ‘O Exterminador do Futuro 2′: “o Soldado Invernal não pode ficar no gelo por muito tempo”.

Segundo Stan, Bucky ainda desconfia das intenções de Valentina Allegra de Fontaine, personagem de Julia Louis-Dreyfus, e por isso optou por uma estratégia mais institucional:

“Ele também teve suas próprias suspeitas sobre a Valentina, então acho que o Congresso é o jeito que ele encontrou de tentar, da forma legal e moral, manter controle sobre ela. E então ele percebe: ‘Posso fazer isso do meu jeito, do jeito que sempre fiz [como o Soldado Invernal]’”. 

Wyatt Russell já havia adiantado em dezembro de 2023, também ao THR, que ‘Thunderbolts*‘ não seria um típico filme de super-heróis da Marvel, e agora a premissa se confirma: a obra gira em torno da saúde mental de personagens marginalizados dentro do MCU. O grupo formado por Yelena, Walker, Ghost, Treinador e o novato Bob (interpretado por Lewis Pullman), inicialmente reunido por Valentina com intenções duvidosas, acaba percebendo a manipulação e decide se unir.

Cada um dos personagens, considerados párias dentro do universo Marvel, é forçado a confrontar seus próprios traumas e fragilidades. Para Russell, que já teve carreira como jogador de hóquei, essa era uma chance de provar que o filme não deveria ser subestimado:

“Viemos para esse projeto como um grupo de pessoas que pensou: ‘Vamos fazer disso algo nosso, vamos torná-lo grandioso e fazer com que as pessoas tenham que engolir as próprias palavras’. Tenho um certo histórico no esporte, então pensei: ‘Quero que você morda a língua se disser que esse filme vai ser ruim, que você não quer ver’”. 

Quando questionado se ficou surpreso por conseguir contar uma história tão densa em um filme do MCU, Russell admitiu:

“Sim, um pouco. Como você passa de fazer o tipo de filme [da Marvel] que vimos nos últimos 15 anos — sabendo como a maioria deles foi recebida — para algo fora desse padrão? É uma mudança, em qualquer formato ou dimensão — e um risco. Esse tipo de narrativa raramente é contada em filmes de super-heróis. Normalmente, é um grupo de pessoas muito habilidosas enfrentando um vilão com uma ameaça existencial. O mundo vai explodir ou as pessoas vão desaparecer, seja o que for, e elas precisam impedi-lo. Mas aqui temos um grupo de pessoas com síndrome de protagonista, que precisam se unir como um time, mesmo não querendo, e isso gera personagens interessantes”. 

Russell também ressaltou a ausência de grandes nomes do MCU no longa, destacando o desafio proposto por Kevin Feige ao diretor Jake Schreier e ao elenco:

“Este não é um filme consagrado. Não tem personagens estabelecidos no universo Marvel como Capitão América, Thor, Homem de Ferro ou Vingadores. [Thunderbolts*] é composto por tipos desajustados. E esse desafio que o Kevin Feige deu ao Jake e a esse grupo de atores foi como, ‘com certeza, vamos com tudo’”. 

Stan compartilhou da mesma empolgação e destacou o ambiente colaborativo nos bastidores:

“Tive sorte. Na maioria dos filmes da Marvel em que trabalhei, sempre houve essa mentalidade de ‘que vença a melhor ideia, seja do diretor, do ator ou do Kevin’. Sempre foi muito inclusivo, e [Thunderbolts*] foi ainda mais. Eles estavam realmente abertos para que a gente contribuísse, e se tivéssemos uma ideia melhor para dizer algo, isso era ouvido e, às vezes, até incluído no filme”. 

Stan também elogiou os colegas de elenco pelo envolvimento criativo, citando Florence Pugh, David Harbour e Lewis Pullman:

“A Florence trouxe muitas ideias: o salto no início, até mesmo o figurino inicial, que poderia ter sido mais heróico. O Lewis e o David também contribuíram bastante para seus personagens, e o fato de termos voz ativa ajudou a construir a dinâmica que conseguimos no final”. 

Diante de um filme que promete abordar temas como depressão, isolamento e redenção com profundidade pouco comum no gênero, o elenco está confiante de que ‘Thunderbolts*‘ deixará uma marca — e provará aos céticos que estavam errados.

Recentemente, Marvel divulgou o trailer final e legendado do aguardado ‘Thunderbolts*‘, que estreará nos cinemas nacionais na próxima quinta-feira (1º).

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A Marvel Studios e uma equipe de veteranos guerreiros independentes que se venderam para o lado errado apresentam Thunderbolts*, um grupo irreverente composto pela assassina deprimida Yelena Belova (Florence Pugh) e por figuras desajustadas.

O elenco ainda conta com Sebastian Stan (Bucky Barnes), Wyatt Russell (Agente Americano), Olga Kurylenko (Treinadora), Lewis Pullman (Sentinela), David Harbour (Guardião Vermelho), Hannah John-Kamen (Fantasma) e Julia Louis-Dreyfus (Valentina Allegra de Fontaine).

O roteiro é escrito por Eric Pearson.

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