
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (28), que o Brasil pode mudar seu “motor econômico” para o crescimento do PIB. Em um evento do banco J. Safra, Haddad comentou que o crescimento do país tem tudo para ser puxado pelo consumo das famílias e pelo investimento no setor privado.
Descartando a necessidade de medidas assistencialistas no longo prazo, o político reforçou que o Brasil já tem o suficiente para crescer: “Acho que esses são os impulsos corretos para crescer com sustentabilidade”, destacou. O ministro salientou que não há a necessidade de realizar um ajuste recessivo e que a nação tem condições de se reorganizar sem comprometer a possibilidade de crescimento futuro.
Ele lamentou que as responsabilidades de controle fiscal aparentam estar circundadas somente ao executivo, citando decisões do poder legislativo e judiciário que deterioram as contas públicas. Haddad ainda lembrou dos esforços do governo federal no barateamento do crédito, para diminuir spreads bancários.
“Nós estamos fazendo uma grande mudança no sistema de crédito brasileiro, com apoio da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), no sentido de trazer os spreads para baixo, através de um marco de garantias mais robustos”, relembrou. O petista ressaltou que ainda há uma agenda em curso no congresso para baratear o acesso ao crédito por parte do trabalhador.
Haddad é otimista sobre acordos
O político voltou a afirmar que o novo cenário geopolítico iniciado com a guerra comercial dos EUA deve impulsionar acordos comerciais entre Mercosul e União Europeia. O ministro avaliou a política externa que o governo brsaileiro vem adotando como correta com diálogo entre todos os países e blocos econômicos, reforçando o multilateralismo.
O ministro acrescentou ter visto da França, um dos países resistentes ao acordo, que ainda precisa ser validado pelos países membros, “uma abertura maior” ao avanço das tratativas. O mandatário da fazenda demonstrou acreditar que o momento de incertezas no exterior é propício para projetos de diversificação da produção brasileira.
Essa situação geopolítica pode convidar empresas a diversificar seus sítios produtivos”, disse. “Não é uma desglobalização no sentido dos países voltarem ao que era antigamente, mas políticas mais regionalizadas”, concluiu.
Haddad tem previsão de viajar para Califórnia ainda essa semana para divulgar o plano nacional de data centers, buscando ampliar investimentos privados no país.
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